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Em 26 de outubro de 1971 foi fundada a Honda Motor do Brasil Ltda, no bairro da Pompeia em São Paulo/SP, iniciando as importações de motocicletas da marca para o território brasileiro. Eram os modelos com motores de 50, 65 e 90cc, que simplesmente revolucionaram o mercado na época.

Honda 90cc – 1970

Antes da chegada da Honda no Brasil, as suas motocicletas eram importadas por representantes oficiais da marca.

Moto 2 tempos

As motos de baixa cilindrada eram todas equipadas com barulhentos motores 2 tempos, cujo funcionamento exigia a adição de óleo à gasolina, o que tinha como consequência a emissão de uma desagradável fumaça de forte odor pelo escapamento. As Hondas por terem motor 4 tempos, não só eram mais silenciosas como não faziam fumaça, o que definitivamente chamou a atenção. Outro diferencial das motos da Honda era a qualidade de seus materiais e o excelente acabamento.

Honda 50cc – 1975

As motocicletas normalmente eram vermelhas, pretas ou brancas. Os modelos Honda 50cc e Honda 65cc eram os mais populares no início da Honda no Brasil. Nesta mesma época chegaram também as motonetas CM50 e CM90, caracterizadas por terem proteções para as pernas e a embreagem automática.

Honda CM 90

As Hondas 50, 65 e 90cc elevaram o padrão técnico com seus motores OHC e câmbio de quatro marchas, característica que era uma exclusividade das motos de alta cilindrada da época, acima dos 250 e 300cc.

Honda CB 125 – 1975

Um dos modelos importado que mais chamou a atenção foi a CB 125, uma pequena e luxuosa motocicleta equipada com motor 2 cilindros, câmbio de cinco marchas, comando de válvulas no cabeçote acionado por corrente e partida elétrica e a pedal. O que mais destacou foi o  visual, o grafismo era idêntico ao da cobiçada Honda CB 350. Podemos dizer que a Honda CB 125 era uma miniatura da CB 350, com a mesma arquitetura de motor e chassi.

Honda CB 200 – 1975

A Honda CB 200 foi apresentada ao mundo em 1975; estava disponível em diferentes acabamentos, potência total de 17 hp a 9000 rpm, motor de dois cilindros e 4 tempos.

Honda CB 250 – 1968

 Lançada em 1967 a Honda CB 250; já no ano seguinte trouxe uma novidade: joelheiras no tanque. A Honda CB 250 diferia de modelos anteriores por um design mais moderno, além disso, os técnicos da Honda também redesenharam completamente o motor, a transmissão, o quadro e o garfo. Durante o período que esteve em produção, entre 1967 e 1977, a Honda CB 250 recebeu vários facelifts, de modo que apareceu em diferentes versões e atribuindo ao modelo uma sobrevida.

Honda CB 750 Four – 1968

A Honda CB 750 Four é considerada a “mãe de todas as Superbikes”. No seu lançamento em outubro de 1968, trazia uma tecnologia jamais vista anteriormente. Produzida ininterruptamente durante uma década, cerca de 400 mil CB 750 Four equipadas com o motor de exatos 736cc e comando simples SOHC no cabeçote foram fabricadas. Sobre a primeira CB 750, a que foi exibida no Salão de Tóquio de 1968, sabe-se apenas que era uma maquete destinada à exibição. No começo de 1969, quatro CB 750 montadas artesanalmente foram enviadas para avaliação aos EUA e Europa. Este com certeza é o mais precioso quarteto de CB 750 Four. No Brasil recebeu o apelido de “7galo”, sendo o número 7 seguido do 50 que é “galo” no jogo do bicho.

Honda CB 500 – 1971

Honda CB 500 Four foi lançada em 1971, menos de três anos depois da CB 750 Four, já consolidada como um estrondoso sucesso de dimensões mundiais. Seria fácil pensar que para o projeto da CB 500 Four a Honda optaria por simplesmente reduzir sua potência, o resultado foi um motor mais curto, baixo e leve, com 36 kg a menos que a 750 Four, preservando características de extrema confiabilidade mecânica e suavidade no funcionamento. A potência máxima de 50 cv (67 cv na 750) foi adequada, levando a CB 500 Four perto dos 180 km/h de velocidade máxima. 

Honda CB 350 – 1969

Honda CB 350 foi produzida por 6 anos, encerrando em 1973. No Brasil ela chegava pelas mãos de importadores parceiros da marca; tinha 36 cv de potência e velocidade máxima de 170 km, equipada com motor 2 cilindros, 4 tempos arrefecido a ar, comando OHC e duas válvulas por cilindro. A fabricante afirma que foi um sucesso com 250 mil unidades vendidas, mas, foi descontinuada em favor da CB 400 Four, mais moderna e com o motor 4 cilindros.

Honda CB360 é uma motocicleta de 2 cilindros, quatro tempos produzida entre 1974 e 1976, sucessora da Honda CB350. O que chamava atenção eram os 2 escapamentos inclinados para cima, além do novo design e o motor de 356cc ajustado para torque de ampla faixa. Foi mais uma que durou pouco.

Honda CB 350 Four – 1974

Honda CB 350 Four é uma motocicleta de quatro cilindros, quatro tempos e 347cc, baseada nas versões maiores da época (CB750 e CB500). A motocicleta foi fabricada no Japão entre 1972 e 1974. Na época a CB350 Four era a motocicleta de quatro cilindros de menor capacidade a entrar em produção em grande escala.  A produção foi descontinuada em 1974, sendo substituída pela CB 400 Four. 

Honda CB 400 – 1981

A Honda CB 400 foi lançada em 1980, sendo a primeira moto “grande” produzida no Brasil. Esse modelo foi o divisor de águas entre as motos grandes importadas e a maior cilindrada produzida no Brasil; o modelo era objeto de desejo de uma geração de motociclistas. Seu motor de 2 cilindros produzia 40cv de potência máxima a 9.500 rpm e podia chegar a 170 km/h. Foram produzidas 67.550 unidades até 1984.

Honda CB 400 Four – 1974

A Honda CB 400 Four foi lançada no final de 1974, baseada na CB 350 Four, moto que chegou dois anos antes e durou pouco, devido a fatores estéticos e design ultrapassado. A pequena CB 400 Four cativou pelo design, e pelas elegantes curvas do 4×1, sendo a primeira Honda a ser equipada com este tipo de escape. A moto transpirava esportividade, caráter reforçado pelo guidão baixo e desenho do banco.

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Naquela época o trânsito era tranquilo, fiscalização branda e não havia exigência de capacete. Era muito fácil montar em uma Honda, sem ter nenhuma experiência além da bicicleta. Serviu para que muitos jovens aprendessem andar de moto. Hoje muitos de nós, com 60 anos ou mais, relembramos aqueles dias incríveis e as aventuras sobre 2 rodas.

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Em 1976 nasce a primeira fábrica Honda no Brasil

Em novembro de 1976, a Honda iniciou sua produção em terras brasileiras, com a fábrica de motocicletas em Manaus-AM. O 1º modelo foi a CG 125, que revolucionou o mercado nacional por sua versatilidade, robustez e economia. Atualmente a planta de Manaus produz modelos de 110 a 1000 cilindradas, além de quadriciclos e motores estacionários.

Honda CG 125 – 1977

A primeira motocicleta a álcool

 Com o choque do petróleo em 1979, substituir a gasolina por um combustível nacional e renovável, o álcool, passou a ser prioridade brasileira. Isso incluía as motocicletas. Em fevereiro de 1981 a Honda produziu a primeira moto do mundo com motor a álcool, uma CG 125. O motor tinha taxa de compressão mais alta, passando de 9:1 para 10:1, e um sistema de alimentação, com bomba manual de gasolina na partida a frio, o reservatório era sob o banco. Potência e torque permaneciam os mesmos da versão a gasolina, assim como o preço da moto, o consumo era cerca de 18% maior, o que compensava pelo menor valor do litro de álcool. O câmbio tinha cinco marchas, o que ocorreu com a versão a gasolina só em 1986.

Honda CG 125 a álcool – 1981

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Na linha 1983 a CG recebeu sua primeira reformulação de estilo, as formas retilíneas vinham para ficar, abrangendo tanque, laterais, lanterna traseira, luzes de direção e até o módulo de instrumentos que perdeu o conta-giros, uma falta até hoje lamentada. Garfo mais inclinado, balança traseira mais longa, aumento de 70 mm na distância entre eixos, guidão mais alto e pneus maiores davam a sensação ao piloto de estar em uma moto maior.

Honda CG 125 – 1983


Em meados de 1989 a CG recebia modificações, adotando a designação CG Today “hoje” em inglês. O estilo era o mesmo, a não ser pelas laterais e rabeta redesenhadas e mais esportivas, maior estabilidade e farol com lâmpada halógena.

Honda Today – 1989

1991 – Neste ano, mudaram o chassi e o motor. Uma das alterações no propulsor foi a adoção do CDI, sistema de ignição eletrônica, aposentando o platinado.

1994 – A Honda lançou um dos nomes mais famosos da CG e que a acompanha até hoje: Titan. A moto recebeu um novo visual, com tanque mais arredondado, comandos redesenhados, alças para o garupa, novos freios e embreagem revisada.

2004 – Neste ano, a Honda CG ganha o primeiro aumento de cilindrada, passando de 125 para 150 cm³. Era ofertada nas versões Titan e Job (sucessora da Cargo) e ganhou novo visual. Também foi apresentada a CG 150 Sport, com visual exclusivo, rodas de liga leve e pneus mais largos. A opção 125 ficava como versão de entrada.

2015 – É lançada a 9ª geração da Honda CG. Com ela, é introduzido o atual motor 160 (162,7 cm³) com um projeto totalmente novo.

2016 – Nos 40 anos da linha CG, a Honda lançou a série especial Titan Special Edition, com 7.000 unidades fabricadas mesclando as cores branca, azul e vermelha, como nas motos da Honda Racing.

2021 – Completando 45 anos de produção, a linha CG 2022 chega ao mercado com novas cores e design da carenagem atualizado em todas versões: Honda CG 160 Start, CG 160 Fan, CG 160 Titan e CG 160 Cargo.

Honda CG Titan 160 – 2022

Atualmente a Honda produz no Brasil uma completa linha de motocicletas:

Linha Street

CG 160 Start, CG 160 Fan, CG 160 Titan, CG 160 Cargo, Pop 110i, Biz 110i, Biz 125, PCX, Elite 125, Honda ADV, Forza 350, X-ADV, CB 300F Twister, CB 500F, CB 650R, CB 1000R, CB 1000R Black Edition .

CB 1000R Black Edition

Linha Adventure

NXR 160 Bros ESDD, XRE 190, XRE 300, CB 500X, NC 750X, CRF 1100L Africa Twin, CRF 1100L Africa Twin Adventure Sports, Honda ADV, X-ADV .

honda crf 1100l africa twin adventure sports

Linha Off Road

CRF 250F, CRF 250,  CRF 450, TRX 420 FourTrax .

Honda TRX 420 FourTrax

Linha Sport

CBR 650R, CBR 1000RR-R FIREBLADE SP.

HONDA R FIREBLADE SP

Linha Touring

GL 1800 Gold Wing Tour.

HONDA GL 1800 Gold Wing Tour

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Nosso agradecimento ao amigo e leitor Aloisio Bruneli de Barbacena/MG, pela indicação do tema e fornecer o conteúdo para esta matéria.

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Texto: Marcus Vinicius

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25/julho/2023

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