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Em 1928, Alphonse Gabriel Capone, mais conhecido como “Al Capone” entrou em uma concessionária da marca Cadillac e adquiriu um veículo, o mais luxuoso para a época: um Town Sedan equipado com motor V8 3.4; o que ninguém imaginava é que o carro seria usado em diversos atos ilícitos como: transporte de drogas, bebidas, “que era proibida a comercialização na época” e também veículo de apoio para sequestros e roubos.

Logo após a aquisição o Cadillac V8 foi blindado e caracterizado como carro de polícia da cidade de Chicago a pedido do próprio Al Capone. Após ser vítima de um forte ataque de George “Bugs” Moran, grande rival pelo controle da cidade, Capone reforçou sua segurança blindando seu melhor carro como se fosse um tanque de guerra, um dos primeiros modelos a implementar a blindagem de proteção corporal. Na preparação foi usado amianto; material cancerígeno largamente empregado na construção civil e balística.

Os vidros foram trocados por um material com 3cm de espessura e na parte traseira a peça era removível tornando possível atirar de dentro do carro apenas acionando a alavanca para rebater o vigia.

O motor V8 não recebeu preparação, equipado com câmbio manual de três marchas, freios a tambor e suspensão com feixe de molas.

Na época em que comprou o automóvel, Al Capone já era procurado pelos seus crimes e iniciou um período de fugas constantes usando outros veículos. Menos de três anos depois foi preso, saindo da cadeia apenas em 1939. Com bens confiscados pelo governo, doente vítima de sífilis e outras complicações, Al Capone morreu em 1947.

O Cadillac chegou a ser usado pelo presidente Franklin Roosevelt nos anos 1940, durante a II Guerra Mundial. Nos anos seguintes o carro foi exposto em eventos, feiras e todo tipo de exposição até ser adquirido por colecionadores. A última venda do Cadillac de Al Capone alcançou US$ 341 mil.
Alguns relatos afirmam que a história do uso do Cadillac por Franklin Roosevelt não passa de ficção: Michael F. Reilly, um dos homens do serviço secreto do Presidente, em 1947 estava compartilhando suas memórias no livro, “Reilly de The White House” e mais tarde, em 1958, para outra obra chamada “Agentes do Tesouro”. Na ocasião do lançamento dos livros, trechos foram publicados em jornais de todo país, para atrair os leitores a comprar os mesmos. Reilly menciona a extrema necessidade de proteger o Presidente Roosvelt após o ataque a Pearl Harbor, em 7 de dezembro 1941 e que o Governo Americano naquela época, não poderia gastar mais dinheiro em carros a prova de balas. O mito conta que o FBI havia apreendido o veículo blindado de Al Capone, quando ele foi levado à prisão e decidiu usá-lo para a proteção do presidente.

Este é Al Capone:
Al Capone foi o líder de uma gangue que dominou a cidade de Chicago no final da década de 1920. Oriundo de uma família italiana, ele ingressou na criminalidade durante a sua adolescência por influência do gângster Johnny Torrio.

Capone era conhecido no seu círculo íntimo pelo apelido de Scarface “Cara de Cicatriz”, devido a uma cicatriz em seu rosto, que obteve em uma briga na adolescência.

Alphonse Gabriel Capone nasceu no Brooklyn, bairro da cidade de Nova York, nos Estados Unidos, em 17 de janeiro de 1899. Al Capone, como ficou conhecido, era filho de imigrantes italianos originários da Sicília. Seus pais eram de Angri, uma cidade próxima de Napoli, no sul da Itália. Depois de ser expulso da escola, Al Capone acabou cooptado por Johnny Torrio, um mafioso local. Torrio agia em diversas atividades ilegais, como apostas em jogos, agiotagem, tráfico de drogas, prostituição, entre outros.

Johnny Torrio mudou-se para Chicago a convite de James “Big Jim” Colosimo, chefe da máfia em Chicago. Em 1919 Al Capone juntou-se a ele e chegando a Chicago, Al Capone foi colocado na função de venda clandestina de bebidas alcoólicas, proibidas de serem comercializadas nos Estados Unidos entre os anos de 1920 e 1933.

Em Chicago, Torrio conseguiu se estabelecer como chefe da máfia após planejar o assassinato de Colosimo. O crime se deu porque Colosimo divergia de Torrio e não queria se envolver com a venda de bebidas alcoólicas.

Em 11 de maio de 1920, Big Jim Colosimo foi morto a tiros em seu próprio restaurante, supostamente pelo famoso assassino de aluguel de Nova York Frankie Yale, a mando de Johnny Torrio; ninguém foi processado pelo assassinato. Logo Torrio passou a liderar o crime organizado em Chicago e Al Capone tornou-se o seu auxiliar. Em março de 1925 Johnny Torrio se aposentou aos 43 anos. Torrio, que estava milionário, voltou para Itália com sua esposa e mãe, deixando a liderança para Al Capone.

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Matéria de Marcus Vinicius
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11/março/2025
Muito bom o artigo, bem escrito com dados interessantes. Abs.