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Você que segue o “Gasolina na Veia” já viu muitos carros interessantes e alguns únicos; muitos que nunca foram vistos nas ruas. Eu, como entusiasta dessas raridades também me surpreendo com o que acabo descobrindo. Hoje vamos conhecer um carro listado como o “customizado” mais caro do mundo pelo Guinness Book, isso mesmo… vamos ao carro:
O nome é DiDia 150; montado à mão em Detroit por quatro trabalhadores entre 1953 e 1960 a um custo de US$ 93.647,29. Projetado pelo estilista Andrew “Andy” DiDia, apenas uma unidade foi construída.
Inicialmente foi equipado com motor Cadillac de 365 polegadas cúbicas e mais tarde substituído por um motor Ford de alto desempenho de 427 polegadas cúbicas, com estrutura tubular e carroceria de alumínio macio feita à mão. O carro tem um conjunto de aletas traseiras, chamado de Batman dominando a linha da carroceria e calotas vermelhas rubi em pneus de parede branca.
Um carro difícil de imaginar nos dias atuais, muito menos lá no início da década de 1960. Pintado na cor vermelha metálica com 30 camadas de tinta misturada com diamantes moídos para dar brilho. O corpo é de alumínio macio feito à mão, equipado com faróis e lanternas traseiras ocultas que giram acompanhando o carro. O nome DiDia 150 faz alusão ao nome do seu criador e ao valor (US$ 150 mil)
No interior, cada assento tem seu próprio cinzeiro, isqueiro e alto-falante do rádio. No painel há alavancas grandes que controlam o ar condicionado, o aquecedor e o descongelador.
O DiDia foi vendido em 1961 ao cantor e ator Bobby Darin por mais de US$ 150.000
Quando o dono do carro Darin não o usava para aparições públicas, o seu construtor, DiDia percorria o país para apresentar o carro em publicidade e usar em filmes. O “Carro dos Sonhos” foi doado em 1970 ao Museu Nacional de Transportes onde permanece. Foi restaurado por Mike Manns da Manns Auto Body em Festus, antes de ser exibido no museu.
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O motor V8 movido a gasolina está localizado na frente e a tração é traseira. Possui cabine de vidro na parte traseira, volante quadrado semelhante a uma superelipse e sistema de ar condicionado controlado termostaticamente. O interior é de cor ferrugem em contraste com a pintura rubi e limpadores de pára-brisa ocultos, que ligam sozinhos quando chove, pára-choques “flutuantes” e o porta-malas articulado no lado do motorista.
Andrew DiDia aos 93 anos passeando no carro dos seus sonhos no Meadow Brook Concours d’Elegance de 2010.
Realmente é o que podemos chamar de uma verdadeira joia sobre rodas
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Matéria de Marcus Vinicius
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25/SET/2024
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