O inesquecível “Dodge 1800”

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Dodge 1800 também chamado carinhosamente de Dodginho foi um automóvel fabricado no Brasil pela Chrysler entre 1973 e 1981 num total de 92.665 unidades e em 2023 completou 50 anos de lançamento.

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O Dodge 1800 foi desenvolvido a partir do modelo Hillman Avenger GT comercializado na Inglaterra e Estados Unidos, adaptado às condições do Brasil.

O motor original de 1500 cc, foi modificado para funcionar dentro das características da nossa gasolina, sendo alterado o curso dos pistões e o motor passou para 1800cc. O modelo foi batizado de Dodge 1800, apresentado no VIII Salão do Automóvel, em novembro de 1972 e lançado em 2 de abril de 1973.

As maiores modificações em relação ao Avenger inglês foram o desenho do interior, revestimento das portas, painel, volante, manopla de câmbio e bancos. Mudanças também nas lanternas traseiras e na grade dianteira, específicas para o modelo brasileiro.

Para atender à preferência do consumidor brasileiro nos anos 1970 o Dodge 1800 era oferecido somente carroceria com 2 portas, diferente do irmãozinho Avenger inglês oferecido nas versões 2 e 4 portas.

Nem tudo é perfeito, para chegar às ruas antes do Chevette e da Brasília, foi pouco testado, por isso apresentou incontáveis defeitos nas primeiras séries; em alguns casos, até os vidros laterais traseiros caíam nas ruas. Tinha as versões básica, L e GL.

O Dodge 1800-SE surgiu em 1974, com visual despojado e esportivo; o novo 1800 visava oferecer o básico com sabor de diversão. O público-alvo eram jovens; as cores disponíveis eram o vermelho, amarelo, verde e branco, o SE tinha para-choques, molduras das janelas e lanternas, limpadores e grade pintados de preto fosco, mesma cor da faixa nas laterais, que trazia o nome do carro. A Dodge eliminou os piscas dos para-lamas dianteiros das versões Luxo e Gran Luxo, assim como o rádio, o acendedor de cigarro e o botão que destravava o capô. A exemplo do SE derivado do Dart, o revestimento de vinil preto dos bancos do 1800-SE trazia larga faixa xadrez. Os bancos eram anatômicos e o porta-luvas vinha sem tampa.

Com o tempo, a mecânica foi melhorada e os defeitos corrigidos, novas versões foram lançadas, o motor ganhou novo carburador e houve aumento de potência de 78cv para 82cv. Este pacote de melhorias foi apresentado ao público pela Chrysler do Brasil em 1975 no lançamento da linha 1976, quando então foi atribuído o nome Dodge Polara.

Em 1976 a Chrysler do Brasil e o CTA (Centro Técnico Aeroespacial) apresentaram o primeiro protótipo de motor movido a álcool, montado em um Polara. Em 1977 foi eleito Carro do Ano pela Revista Autoesporte.

Para o modelo 1978 o Dodge Polara ganhou nova frente com dois grandes blocos ópticos quadrados, novas lanternas traseiras e o brasão de Leão na grade frontal.

Em 1979 o Polara passou a ofertar transmissão automática opcional ao câmbio manual de 4 marchas. Nesse mesmo ano a Volkswagen assumiu o controle da Chrysler no Brasil. Em 1980 a Chrysler do Brasil relançou a versão de luxo (L) e lançou a última versão do Polara, intitulada GLS (Gran Luxo Sport). A versão GLS era uma variante esportiva equipada com diversos avanços tecnológicos para a época como carburador miniprogressivo de corpo duplo, sistema de ventilação com aquecedor, rádio toca-fitas, antena elétrica e pneus radiais entre outros mimos.

Versões disponíveis em cada ano:

• 1973 – GL e L. /1974 – GL, L e SE. /1975 – GL, L, SE e STD. /1976 a 1979 – GL e STD. /1980 – L, GL e GLS. /1981- GL e GLS.

Significado das versões:

• GL – (Gran Luxo). L – (De Luxo). SE – (Special Edition). STD – (Standard). e GLS – (Gran Luxo Sport).

A partir de 1981 a Volkswagen encerrou a produção dos Dodge Polara, Dodge Dart, Dodge Magnum e o Dodge Le Baron, deixando em produção somente os caminhões Dodge. Dessa forma a fabricação de automóveis da linha Dodge no Brasil foi encerrada em 1981 e a fabricação dos caminhões Dodge no Brasil foi encerrada em 1984, sendo que os caminhões Volkswagen usaram durante muito tempo o chassi Dodge.

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Matéria de Marcus Vinicius

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24/04/2023