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A “Fabrica Nacional de Motores” cuja abreviatura era FNM e conhecida popularmente por “FeNeMê”,  iniciou-se como uma empresa estatal durante o governo do então Presidente da República Getúlio Vargas
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Construída em Xerém no estado do Rio de Janeiro e fundada em 1942, foi inicialmente idealizada  para produção de motores aeronáuticos; mas ampliou a sua atuação para a fabricação de caminhões e automóveis, atividade pela qual se tornou mais conhecida
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A produção de motores aeronáuticos seria direcionado principalmente para que os Estados Unidos equipassem seus aviões durante a segunda guerra mundial. Quando saiu o primeiro avião com motor FNM, em 1946, a guerra já havia acabado e os EUA desfaziam de seus excedentes militares. Só a FAB tinha 180 motores Wright importados em estoque. Após a saída de Getúlio Vargas da presidência do Brasil, o interesse pela industrialização  esfriara. O novo presidente, Eurico Gaspar Dutra, substituiu a produção de motores pela de peças para máquinas industriais e eletrodomésticos, o que durou pouco também
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Em 1947 a estatal teve suas ações vendidas na bolsa, e em 1949 devido a um acordo com a marca italiana Isotta Fraschini, a FNM iniciou a produção de caminhões no Brasil. Estreou com o D-7.300, um modelo bicudinho com motor a diesel e capacidade para 7,5 toneladas de carga. Foram fabricados cerca de 200 unidades deste modelo
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A parceria com a Isotta Fraschini durou pouco. Em virtude da má situação financeira na Europa, a Isotta interrompeu o envio de peças. A solução foi encontrar outro fornecedor de tecnologia, onde entra a estatal italiana Alfa Romeo, iniciando em 1951 a produção do modelo “cara chata” FNM D-9.500
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A primeira tentativa de lançar ônibus mais longos e articulados, foi adaptando caminhões para reboque das estruturas de ônibus. Alguns desses chegaram a ser utilizados no Rio de Janeiro, no entanto, a difícil locomoção deu fim a esse tipo de veículo
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Em 1958 foi lançado o modelo D-11.000, também derivado dos Alfa italianos. Era o caminhão pesado e se tornaria lendário em nossas estradas, com seu jeitão bruto e o som inconfundível do motor a diesel de seis cilindros, todo de alumínio
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O  FNM JK 2000 foi o primeiro automóvel Alfa Romeo brasileiro, lançado em abril de 1960, batizado em homenagem ao presidente Juscelino Kubitscheck, o carro se destacou no mercado de luxo
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Em 1968, com o regime militar, o novo governo privatizou a FNM, passando-a para a Alfa Romeo (sua velha parceira),  que continuou a fazer automóveis, caminhões e chassis de ônibus. Em 1972, veio um novo caminhão pesado, o FNM 180. Sua mecânica era basicamente a do velho D-11.000, mas a cabine era mais moderna. Na mesma linha, foi criado o FNM 210
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No Salão do Automóvel de 1968 foi lançado o modelo “FNM 2150”, trazendo marcantes alterações em relação ao anterior. O motor teve sua cilindrada aumentada de 1975 cc para 2132cc, dando origem ao “2150”do nome, com 125 HP (SAE), e  estética, deixando o carro com uma aparência mais limpa
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Em março de 1974, foi lançado o “Alfa Romeo 2300” um modelo fabricado exclusivamente no Brasil
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No início de 1973 as matrizes italianas da Alfa Romeo e da Fiat assinavam acordo, no qual a Fiat assumiria 43% do capital da Alfa brasileira em troca do direito de utilizar as instalações da FNM para  fabricar nove modelos de caminhões, entre 5,5 e 26 t, totalizando 15 mil unidades anuais. O controle acionário permaneceria nas mãos da Alfa (51%),e os 6% de propriedade estatal. Em setembro de 1976, a Fiat anunciou a aquisição da totalidade das ações da FNM de propriedade da Alfa Romeo, passando a deter 94% do capital da companhia. No início de 1977, toda linha de caminhões já era anunciada como Fiat, e em seguida a razão social era: “Fiat Diesel Brasil S.A.”
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O primeiro pesado foi o “Fiat 190 E”, aproveitando a cabine monobloco FNM, porém equipado com motor mais moderno, de seis cilindros e direção hidráulica. Os demais elementos mecânicos eram FNM, inclusive a caixa de seis marchas com multiplicador totalizando 12 velocidades

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Em novembro de 1976 a Fiat apresenta o caminhão leve 70″, com capacidade para 4,5 toneladas. O motor era um quatro cilindros de 4,9 litros
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Em 1979 a gama de caminhões médios foi acrescida do “Fiat 120”
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 Em novembro de 1979 chegou o “Fiat 190 H” ,o mesmo 190, porém com nova cabine monobloco e suspensão independente, construída a partir de peças importadas da Itália
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Em junho de 1985, devido a falta de perspectivas de crescimento do mercado de caminhões no Brasil a curto prazo, a administração do Grupo Fiat decidiu concentrar esforços na fábrica de Betim, que acabara de lançar o moderno Uno, determinando o encerramento das atividades da Fiat Diesel.

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CURIOSIDADES

Juscelino Kubitschek  visitando a fabrica da FNM

A FNM foi criada em 1942, como sociedade de economia mista controlada pelo  Estado para a fabrica… | Caminhões brasileiros, Carros e caminhões, Fotos  de caminhão top

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Entre janeiro e fevereiro de 2011,  caminhões FNM saíram de Curitiba e de São Paulo para uma viagem nostálgica até Salvador,  O comboio era formado por três D-11.000, um modelo 1961 com cabine Brasinca, um cavalo mecânico de 1964 e um plataforma de 1965. A bordo estavam apaixonados por caminhões antigos, que queriam reviver os tempos em que os “Fenemês” dominavam as rodovias. A viagem durou dez dias entre ida e volta e 5.110 km rodados.
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O câmbio dos Fenemê é uma atração à parte: é feito por duas alavancas! Por isso, muitas vezes é necessário que o motorista tire as duas mãos do volante para fazer a troca de marchas. As duas alavancas no câmbio fazem que eles tenham quatro marchas e 8 faixas de velocidade: uma alavanca se move para cima e para baixo, e a outra possui quatro posições possíveis.

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APELIDO DE BARRIGA D’AGUA – Em 1958 os blocos eram feitos com um novo tipo de liga de alumínio, que apresentava porosidade excessiva em algumas unidades, permitindo que a água invadisse esses espaços e escapasse do sistema de arrefecimento do motor. Devido ao problema do motor ficar cheio de água no lugar errado, logo nasceu o apelido, que pegou rapidamente. Os FNM Barriga D’Água são sempre modelos fabricados em 1958, cerca de 30% dos motores apresentaram o problema.

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Fonte de pesquisa: Wikipédia e sites relacionados

fotos meramente ilustrativas

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  Matéria de Marcus Vinicius

diretoria@gasolinanaveia.com.br

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13 de maio de 2019

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