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O Corcel foi produzido no Brasil pela Ford entre 1968 e 1986 e a Belina entre 1970 e 1991.
A Ford ao adquirir o controle acionário da Willys Overland do Brasil em 1967, deu sequencia ao projeto “M” que estava em andamento em parceria com a Renault. Ele originou o Renault 12 na França e com uma carroceria modificada, o Corcel no Brasil.
Lançado em 1968, primeiramente o sedã 4 portas e em 1969 veio coupé 2 portas. o carro foi bem aceito já na sua estreia em 1968, devido ao espaço interno, o acabamento e as inovações mecânicas, sendo um carro com projeto moderno se comparados aos seus concorrentes.
Em 1969 a Ford deu uma aparência mais esportiva ao Corcel, lançando a linha “GT”. Apesar de ser mais aparência do que esportividade, ele vinha com teto revestido em vinil, uma faixa no centro do capô e uma na lateral. O motor era o quatro cilindros 1.3 com carburador Solex de corpo duplo, elevando a potência de 68 para 80 cv. Testes da época nas mãos do piloto Emerson Fittipaldi em Interlagos, ele atingiu velocidades superiores a 142 km/h. O motor mais potente veio no final de 1971, um 1.4 de 85 cv, melhorando seu desempenho.
Ford Corcel GT – 1970
Com excelente espaço interno e conforto de carro de categoria superior, oferecido apenas na versão três portas, em 1970 a Ford apresentou a Belina, uma perua compacta derivada do Corcel.
Em 1971 chegava o Corcel GTXP (extra performance ou desempenho extra) com capô preto fosco com tomada de ar, teto revestido em vinil, faróis de longo alcance e painel com instrumentação completa. A cilindrada do motor foi elevada para 1400 e a potência máxima para 85 cv.
Em 1972 a Belina ganhou a versão Luxo Especial, veio mais equipada de série, com apliques imitando painéis de madeira nas laterais como vistos nas peruas norte americanas da Ford, pneus faixa branca e calotas cromadas.
Algumas alterações na aparência do carro foram feitas em 1973 inspirado no Maverick e os motores passaram a ser o 1.4 usado na linha GT.
Em 1975 o design era novamente alterado, aumentando a semelhança com o Maverick, principalmente na traseira e o lançamento da linha “LDO”, com acabamento interno luxuoso e teto revestido em vinil.
Belina LDO (Luxury Decor Option) amplia a gama em 1975.
Em 1978 o lançamento do Corcel II, basicamente com a mesma mecânica porém com uma carroceria totalmente remodelada, com linhas mais retas, modernas e bonitas. Os faróis e as lanternas traseiras, seguindo uma tendência da época, eram retangulares e envolventes
Apresentada no final de 1977, já como modelo 1978, a Belina acompanhou todas as modificações da nova linha do Corcel.
Em 1980 atingiu a marca de 1 milhão de carros produzidos, lançou o Corcel II com motor de 1.6 (1555 cm³) e câmbio de 4 marchas com relações mais longas e 90 cv de potência máxima, tudo isso para tentar chegar perto do VW Passat.
As novas versões oferecidas eram Corcel II básica, L, a luxuosa LDO com interior totalmente acarpetado e painel com aplicações em imitação de madeira e a GT, que se distinguia pelo volante esportivo de três raios, aro acolchoado em preto, pequeno conta-giros no painel e as rodas tinham fundo preto e sobre-aro cromado.
Ford Corcel II GT – 1981
Em 1982, novo painel, ligeiramente redesenhado na caixa de instrumentos, relógio digital opcional, suspenção do Del Rey e encostos vazados de espuma de poliuretano. Em 1983, a Ford promoveu modificações no motor 1.6 o qual denominou de CHT (sigla de “Compund High Turbulence”), com potência de 73 cv no álcool, dando um fôlego extra ao Corcel que chegava aos 150 km/h de velocidade máxima.
Para incrementar o segmento das peruas, a Ford apresentou em 1983 a Del Rey Scala, ou Belina Scala, (sei lá), até hoje ficamos confusos.
Em 1985 sofre sua última re-estilização, deixando o modelo com a frente igual a do Del Rey. Mesmo com a melhora de performance da versão 1.6 e com o aumento da gama de opções, o Corcel se tornava obsoleto diante da concorrência que oferecia carros como o Chevrolet Monza e o VW Passat, vindo a encerrar sua produção em 1986.
Em 1985 apostando na sobrevida da Belina, a Ford lançou a versão 4×4, uma inovação nesse segmento, descontinuada em 1987 devido a diversos problemas apresentados com manutenção e resistência do conjunto 4×4.
Com carinha de Del Rey, a Belina sobreviveu até 1991, ano em que a Ford apresenta o projeto Royale em parceria com a Autolatina.
Séries Especiais
Cinco Estrelas: lançada em 1982 para Corcel II e Belina, vinha com rodas esportivas, pintura em dourado metálico, com mais três opções de cores, relógio digital e conta-giros. Nova série apareceu em 1984 com tom cinza metálico exclusivo, faixas laterais, as mesmas rodas e bagageiro para a Belina.
Série Os Campeões lançada em 1983, apenas para o Corcel, vinha na cor preta com faixas douradas, faróis de neblina, as mesmas rodas do Cinco Estrelas, conta-giros, relógio digital e volante de quatro raios.
Série Astro, lançada em 1985, trazia para o Corcel e a Belina L faixas laterais, o relógio digital de sempre, calotas e revestimento de bancos como o do Escort XR3, além de bagageiro na Belina. Oferecida apenas nas cores prata ou dourado.
Entre aproximadamente 400 opções, o nome Corcel foi o escolhido para o novo carro da Ford, tal como o Mustang o modelo brasileiro também queria pegar carona no batismo inspirado em cavalos.
O Ford Corcel nas pistas
Emerson Fitipaldi nos 500 km de Belo Horizonte.
Corcel de Renato Conill no automobilismo gaúcho. O Corcel foi bastante usado na D3 disputada no Sul do Brasil.
Mais um registro no automobilismo gaúcho, na frente um Corcel, atrás um Aero Willys no campeonato gaúcho D3.
Bird Clemente e José Carlos Pace dividiram o mesmo carro nas 12 Horas de Porto Alegre de 1968 sendo a primeira aparição do Corcel nas pistas.
O Corcel do Ênio Gomes da Silva, acertou o Opala do Asmuz num dia de muita chuva no Tarumã. (Fonte: História que vivemos)
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- Matéria de Marcus Vinicius
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- Fonte de consulta: Wikipédia e sites relacionados
- Fotos meramente ilustrativas
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2019
Carrinho valente, muito visto ainda rodando por ai afora, principalmente o corcel 2
Eu tenho um gt76
Carro muito bacana
Excelente automovel, principalmente as versoes que derivaram ao DelRey de primeira safra. Boa reportagem.
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