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Grandes mistérios envolvem uma região do planeta conhecida como “Triângulo das Bermudas”. Esta parte do Oceano Atlântico compreende a uma área com mais de 3,9 milhões de Km² em forma de um triângulo imaginário, formado nas águas do Caribe ligando três pontos entre: Flórida, Ilhas Bermudas e Porto Rico.
Cristóvão Colombo
Já na primeira viagem de Cristóvão Colombo às Américas em 1492, apareceram os primeiros relatos sobre coisas estranhas acontecidas no Triângulo das Bermudas. Colombo relatou falhas nas bússolas e o aparecimento de luzes no mar, assim como objetos caindo do céu, iniciando o temor de muitos navegadores passarem pelo local.
Clima instável
Desde a era das Grandes Navegações, nos séculos XV e XVI, os navios que viajavam da Europa para as Américas passavam continuamente por esta área, para aproveitar os ventos da Corrente do Golfo. Com o desenvolvimento das máquinas a vapor e dos barcos com motores de combustão interna, grande parte do tráfego do Atlântico Norte já não passava mais por esta área. A Corrente do Golfo, uma área com clima instável, conhecida por seus furacões, também passa pelo triângulo ao sair do Mar do Caribe. A combinação de um intenso tráfego marítimo e o clima instável pode ter feito com que alguns barcos entrassem em tempestades e se perdessem sem deixar pistas, principalmente antes do desenvolvimento das telecomunicações, do radar e dos satélites no final do século XX.
Corrente do Golfo
A Corrente do Golfo é uma corrente oceânica que se origina no Golfo do México, passa através do Estreito da Flórida, indo ao Atlântico Norte. Em essência, é um rio dentro do oceano, e como um rio, carrega objetos flutuantes. Tem uma velocidade de superfície ao redor de 2,5 m/s (6 mph). Um pequeno avião fazendo um pouso na água ou um barco tendo problema no motor serão carregados pela corrente, como aconteceu com um cruzeiro chamado Witchcraft em 22 de Dezembro de 1967, quando foi reportado um problema no motor próximo a um marcador de boia a uma milha (1,6 km) da costa; o navio não estava mais lá quando a Guarda Costeira chegou.
Erro humano
A declinação magnética da região também explicaria o comportamento dos equipamentos de navegação, que seriam alterados no Triângulo das Bermudas. Podemos dizer que alguns acidentes aconteceram resultantes da combinação de erro humano e mau tempo. Entretanto, o mesmo ocorre em outras regiões, provando que não há algo especial naquele ponto em específico. Estudos da Universidade do Colorado apontaram algumas peculiaridades encontradas na região. Cientistas observaram nuvens em forma de hexágono que provocam fortes correntes de ar, fazendo surgir ondas de até 15 metros de altura que podem desestabilizar as aeronaves.
Ondas gigantes
Em vários oceanos ao redor do mundo, as ondas gigantes têm causado o afundamento de navios e a queda de plataformas de petróleo. Estas ondas são consideradas como sendo um mistério e até recentemente eram acreditadas como sendo um mito. No entanto, as ondas gigantes não explicam a perda de aviões, mas o fato de que existem ondas gigantes presentes dentro do triângulo. Os cientistas acreditam que as ondas podem ser uma razão por trás de tantos aviões afundados no mar dentro dele.
Hidratos de metano
Uma explicação de algumas das desaparições aponta a presença de várias zonas de hidratos de metano sobre as placas continentais. Em 1981, o United States Geological Survey informou a aparição destes hidratos na área de Blake Ridge (no sudeste dos EUA). As erupções frequentes de metano poderiam produzir regiões de água espumosa que não dão sustentação suficiente aos barcos. Ao formar uma área deste tipo ao redor de um barco, este afundaria muito rapidamente.
O gás metano e os aviões
O gás metano também poderia fazer com que os aviões caíssem; o ar menos denso faria com que os aviões perdessem sustentação. Além disso, no altímetro do avião a altura é determinada pela densidade do ar, como o metano é menos denso, o altímetro indica que o avião está subindo. O piloto que viajasse de noite ou entre nuvens, situações em que não é possível ver o solo, suporia que o avião está subindo e reagiria fazendo-o descer, provocando a colisão do avião com o mar. Outro fator é que o metano aspirado pelo motor arruinaria a mistura de combustível e ar. Motores de avião queimam hidrocarbonetos (como a gasolina) misturados com o oxigênio que provêm do ar. Quando os níveis de oxigênio no ambiente diminuem bruscamente, a combustão pode parar por completo, fazendo com que o motor desligue.
VOO 19
O Voo 19 é uma das ocorrências mais documentadas na história do Triângulo das Bermudas. Na tarde do dia 5 de dezembro de 1945, uma esquadrilha de cinco aviões Grumman TBF Avenger deixou a Base Aero-Naval de Fort Lauderdale (Naval Air Station Fort Lauderdale) para uma operação de treinamento, cada aeronave conduzia três homens: um piloto, um radioperador e um artilheiro. Noventa minutos depois da decolagem, o comandante da operação comunicou com a base informando que eles estavam perdidos; a partir deste momento não houve mais contato com as aeronaves. Um hidroavião com uma tripulação de treze homens, foi enviado ao local onde houve o último contato das 5 aeronaves, mas também desapareceu menos de meia hora depois da decolagem, tendo o comandante avisado a torre que estavam se aproximando da última posição conhecida do Voo 19. O esquadrão em treinamento nunca foi localizado, bem como os outros treze homens enviados para procurar seus colegas perdidos.
Monstros marinhos
O Kraken é um monstro marinho de proporções gigantescas que habitariam as águas do Triângulo das Bermudas, literalmente devorando qualquer coisa que aparecesse na sua frente. Este mito pode ter surgido do avistamento por marinheiros e piratas, de lulas gigantes com 15 metros de comprimento ou mais, que habitam as águas profundas do alto mar. O resto é lenda.
Ao longo da história, o Triângulo das Bermudas coleciona ocorrências inexplicáveis que datam desde meados do século 19. Os relatos são de que mais de 50 navios e 20 aviões já desapareceram nesta parte do globo, conforme conta a Encyclopædia Britannica, uma plataforma de conhecimento do Reino Unido.
Fotos meramente ilustrativas
Fonte: Wikipédia e sites relacionados
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Matéria de Marcus Vinicius
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Revisão de Jaderson Gomes
suporte@gasolinanaveia.com.br
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07/maio/2024
Excelente matéria. Bem detalhada! Parabéns pela coletânea e produção.