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Simca Chambord é o nome de um automóvel que foi produzido pela Simca francesa entre 1958 e 1961, desenvolvido a partir do Simca Versailles ,tal como este, imitava os automóveis americanos da época. Foi o primeiro automóvel de luxo a ser construído no Brasil sob licença, desde 1959 até 1967.

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O Chambord também marcou uma época por ser o veículo usado pelo ator Carlos Miranda, protagonista da popular série de TV, “O Vigilante Rodoviário”.

Mesmo com sua boa aparência, a primeira versão do Chambord tinha o desempenho comprometido pelo motor Aquilon, um V8 fraco de válvulas no bloco, herança da Ford francesa. Em 1964 recebe o motor Tufão de 100hp.

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Em meados de 1962 a Simca lançou uma versão esportiva do Chambord, denominada Rallye. Equipava o carro o mesmo V-8 dos demais modelos Simca, mas com uma cilindrada aumentada para 2.432cm3 (a potência elevou-se para 100CV a 4800rpm). Embora apresentasse um interior mais esportivo, externamente o carro sofrera apenas o acréscimo de duas entradas de ar no capô (para melhor ventilação) e alguns detalhes cromados.

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Acompanhando a tendência das fábricas brasileiras, a Simca lançou, ainda em 1961, o Alvorada, modelo idêntico ao Chambord, mas despido de luxo e da maioria dos cromados. Pretendia-se, com esse modelo, oferecer ao consumidor um carro de preço mais acessível e assim, conquistar uma nova faixa de mercado. A experiência porém, não apresentou resultados satisfatórios (como, aliás, ocorreu com tentativas semelhantes realizadas por outras fábricas), e o modelo não permaneceu em linha durante muito tempo.

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O Simca Présidence foi a versão luxuosa do Simca Chambord. Tinha calotas raiadas, pneu estepe atrás do porta malas,  cores exclusivas e bancos de couro. Recebeu em 1965 o motor V8 do Tufão, e no final de 1966,o motor V8 Emi-Sul de 140 hp.

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O Simca Jangada foi a primeira perua de grande porte fabricada no Brasil, a partir de 1962. Era uma versão “tropicalizada” do Simca Vedette Marly Francesa (ou seja, teve a estrutura supostamente reforçada para suportar as condições adversas das estradas brasileiras). Podia acomodar confortavelmente seis adultos e duas crianças e ainda tinha bancos escamoteáveis.

Conhecido como TESTE PARACATU-BRASÍLIA, pois foi feito na rodovia que ligava a cidade de Paracatu à capital Brasília, durante 44 dias e 44 noites a partir da 0 hora do dia 1º de outubro de 1964, o Simca, escolhido ao acaso na linha de produção, rodou 120.048 Km, média de velocidade de 113,118 km/h, com paradas apenas para reabastecimento, troca de óleo, troca de pilotos, troca de pneus e manutenção preventiva, com a rodovia aberta ao tráfego normal de veículos.
Os pilotos que participaram do teste foram :
George Perott (Chefe da equipe), Alberto Savioli, Carlos Calza, Edson Elston, Gunther Heilig, Jaime Silva, José F. L. Martins (Tôco), José Gorga Neto. Luciano Onken, Manuel de Oliveira, Ubaldo Lolli e Walter Hahn Junior.

Durante a prova, após um acidente à noite, sob chuva, com neblina, o piloto andando no limite de suas possibilidades, ao desviar de um cavalo no meio da estrada, o piloto jogou o carro no acostamento. Na correção da inevitável derrapagem, um pedaço de pau perfurou a lateral do pneu, arremessando o Simca contra um barranco e capotando. O Simca amassou bastante, quebrou o para-brisa e os vidros laterais traseiros, mesmo assim o carro continuou rodando por mais 5 dias até completar o tempo previsto para o teste.

O SIMCA CHAMBORD E SEU POLÊMICO MOTOR V-8. Por Carlos Meccia Autos ...

Um assunto que gosto muito e sempre pesquiso, é o automobilismo, e não poderíamos deixar de falar dos Simca nas pistas. Infelizmente são mais críticas do que elogios, mas hoje, cerca de quarenta anos depois, nos cabe relatar alguns momentos e aplaudir a audácia de muitos pilotos que enfrentaram as pistas nesse carrão. Chamado de Belo Antonio, uma alusão ao filme de mesmo nome estrelado por Marcello Mastroianni, por ele interpretar um personagem “bonito, mas impotente”. O motor V8 de 2.351cm³ de cilindrada, com carburador de corpo duplo, entregava apenas 84cv ao veículo, muito pouco para seus 1.215kg. O grande problema dos Simcas de competição não eram seus motores, mas sim suas carrocerias; eram ótimos carros nas grandes retas, mas quando enfrentavam as curvas do miolo de Interlagos, por exemplo, eram um desastre, apresentavam problemas de torção. Os pilotos tinham grande dificuldade em manter o carro no traçado, o que raramente acontecia, normalmente eles saíam desgovernados das curvas.

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Em 1963, a primeira vitória de um Simca nas Mil Milhas de Interlagos, Ciro Cayre e Jayme Silva dividiram um Simca Rallye. Nessa prova participaram diversas carreteras, inclusive a potente Chevrolet de Catharino Andreatta/Breno Fornari. 

SIMCA de Antônio Avallone, e Ubaldo Lolli nas 500 milhas de Interlagos, 1962, terminaram em 8° lugar e a vitória foi de Christian Heins, o “Bino”, e Luiz Antônio Greco, com um Willys Interlagos Berlineta.

Simca Esplanada, apresentado No Salão do Automóvel realizado em São Paulo em novembro de 1966, chamou a atenção do público e dos especialistas, um sedã de luxo, 4 portas, equipado com as partes mecânicas do Simca Rally EmiSul. Sua carroceria fora desenhada no Brasil e o carro representava, na verdade, a última tentativa de afirmação da Simca do Brasil. Tanto que, dias depois, no mesmo mês de novembro, a Chrysler internacional assumia o controle acionário daquela empresa, dentro de seu esquema de progressiva absorção de todo o acervo da Simca internacional.

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O iníco da SIMCA

Simca ( Société Industrielle de Mécanique et Carrosserie Automobile ou Mechanical and Automotive Body Manufacturing Company) foi uma montadora francesa , fundada em novembro de 1934 pela Fiat e dirigida de julho de 1935 a maio de 1963 pelo italiano Henri Pigozzi. Depois que a Simca comprou as atividades da Ford na França, passou aos poucos a ser controlada pelo Grupo Chrysler, até que em 1970 a Simca tornou-se subsidiária e marca da Chrysler Europe, encerrando seu período como empresa independente. A Simca desapareceu em 1978, quando a Chrysler transferiu suas operações europeias para outra montadora francesa,a PSA Peugeot Citroën. A PSA substituiu a marca Simca por Talbot após um curto período em que alguns modelos foram identificados como Simca-Talbot.

Simca-Talbot 1978

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  • Fonte de consulta: Wikipédia e sites relacionados
  • Fotos meramente ilustrativas

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Matéria de

Marcus Vinicius

 

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Matéria editada em 01/setembro/2018

atualizada em 06/setembro/2021

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