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Em novembro de 1956, a Vemag coloca no mercado a camioneta DKW F-91 Universal, derivada do sedã alemão F-91 e de sua Woodwagon, produzidos pela Auto Union. Essa camioneta (assim chamada na época) era montada com componentes importados da Alemanha.

A Vemaguet, iniciou sua produção em 1958, montada pela “Vemag”, sob licença da fábrica alemã DKW até 1967, juntamente com o “Grande DKW Vemag”.

O curioso é que inicialmente era conhecida apenas como “Camioneta DKW-Vemag” ou como “Perua DKW-Vemag”, recebendo a denominação de Vemaguet apenas em 1961.

O “Grande DKW”, recebeu a denominação de “Belcar” apenas em 1961.

Tiveram dois derivados populares, a Caiçara produzida entre 1963 e 1965, com a porta traseira em peça única abrindo para a esquerda, totalmente desprovida de luxo, com acabamento simples e ausência de frisos e cromados. Na sequência veio a Pracinha, produzida em 1965 e 1966, a diferença principal da Caiçara e da Pracinha são as portas, que agora abrem no sentido usual.

Até 1963 as portas dianteiras abriam ao contrário, da frente para trás, no sentido do conforto, conquistando o apelido de portas “suicidas” (conforme os americanos se referem a este tipo de abertura) ou portas “deixa ver” ou “DêChaVê” (como ficou comum no Brasil).  Esta última denominação refere-se obviamente ao uso dessas portas por mulheres vestindo saias.

Seu motor de três cilindros em linha e dois tempos (precisa misturar óleo a gasolina), com volume de 1 litro, e dianteiro, assim como a tração. Uma bobina por cilindro, refrigeração liquida, partida elétrica. Motor que ao invés de usar buchas, casquilhos ou bronzinas em suas partes móveis, usa rolamentos, proporcionando assim uma durabilidade acima do comum para os carros da época.

Candango

O “Candango” foi produzido no Brasil pela Vemag, sob licença da fábrica alemã DKW entre 1958 e 1963. Foram produzidas 5607 unidades, mas algumas fontes falam em 7868 unidades. 

DKW Munga | Sociedade Automotiva
Munga

O nome Candango foi dado em homenagem aos operários que participaram da construção de Brasília, inaugurada em 1960, chamados de candangos. Era derivado do off road alemão Munga.

Em 1964 é lançado no mercado o DKW Fissore. Neste ano a Vemag contava com 4.013 funcionários e uma área de pouco mais de 87.000 m². Seus veículos eram montados com praticamente 100% de peças nacionais.

Em 1964 a Vemaguet e a Belcar têm suas portas alteradas, elas passam a abrir do modo convencional e não mais ao contrário.

Rio

Em 1965 é lançada a série Rio, em homenagem aos quatrocentos anos de fundação da cidade do Rio de Janeiro, que, trazia bancos em dois tons de cores, bancos dianteiros com três posições de encosto e limpador de para-brisas com maior área de ação.

Esportivo brasileiro repousa em garagem secreta da Audi na ...

GT Malzoni é um automóvel esportivo brasileiro projetado por Rino Malzoni e produzido entre 1964 e 1966. Idealizado inicialmente apenas para competições, utilizando chassis e mecânica DKW (representada no Brasil pela Vemag) e carroceria em fiberglass, este veículo foi produzido em duas versões: uma espartana, para as pistas de corrida, e outra, de passeio, que posteriormente daria origem ao Puma GT (conhecido também como Puma DKW) e à marca Puma. Estima-se que tenham sido produzidos aproximadamente 35 exemplares.

Em 1965, o GT Malzoni ganha cinco provas e seu principal concorrente é o Interlagos (versão brasileira do Renault Alpine A-108) produzido pela Willys. Devido ao grande sucesso, decidiu-se fabricá-lo em série. Foi criado então a Sociedade de Automóveis Lumimari, com fábrica em São Paulo (SP). Em 1966 a Sociedade, por sugestão de Jorge Lettry, passa a se chamar Puma Veículos e Motores e o GT Malzoni é relançado como Puma GT.

A Vemag havia passado quase dez anos sem introduzir modificações de maior vulto em sua linha. Para que o carro  continuasse a  competir no mercado, em setembro de 1967 a parte dianteira recebeu nova grade em motivos horizontais, que ocupava toda a frente do carro, inclusive os pára-lamas e os quatro faróis. Na traseira colocavam-se novas lanternas horizontais que davam uma impressão de rebaixamento do veículo. O sistema elétrico passou de 6 para 12 volts e foi equipado com alternador em lugar do dínamo. O diferencial voltou a ser mais “longo”, passando a 4,7 k de redução, e possibilitou aumentar um pouco as velocidades máximas sem alterar a aceleração.

Eventos

Em todos eventos que participamos, o DKW garante presença e admiração dos participantes, mas nada se compara com o “Blue Cloud”  Encontro Nacional de DKW-Vemag , na cidade mineira de Poços de Caldas. O Evento é anual e reúne todos modelos e anos, trazidos por colecionadores do Brasil e de países da América do Sul.

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Nas Pistas

Esse é um assunto que gosto, e falar dos “Vemag” nas pistas realmente é interessante. A primeira participação foi em 1956 no Rio Grande do Sul, o alemão Karl Iwens, importador destes carros, antes da produção no Brasil, pilotando um F91. Já em 1957 e 1958 os “DKW” começaram participar de competições em São Paulo, inclusive da mil milhas do Brasil, com os pilotos Eugênio Martins e Marinho de Camargo. O “DKW” sempre fez bonito nas pistas, principalmente nas competições de rua, que naquela época eram muito comuns em cidades do interior de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, sendo que o único autódromo existente era o de Interlagos. Mas, esse sucesso não duraria muito, em 1961 a Willys-Overland trouxe para as pistas o “Interlagos”, aí o sossego acabou, um veículo baixo, leve e com motor de 70cv, deixava os DKW longe, principalmente na pista de Interlagos. O contra-ataque veio em 1964 com a chegada de GT Malzoni, ainda em chapa de aço, era um protótipo, que em 1965, aí já produzido em fibra de vidro reforçada, resgatou o sucesso da equipe DKW, tendo três veículos GT Malzoni competindo.

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Em dezembro de 1967, devido a aquisição do Grupo Union pela Volkswagen, encerrou-se a produção do DKW.

DekaBras

Mas a história da DKW no Brasil não acabou com o fechamento da montadora, em São Leopoldo, no Rio grande do Sul, encontramos a “DekaBras”, uma concessionária em plena atividade, com venda de automóveis DKW,  peças de reposição, e assistência técnica com mecânicos especializados na marca. Fica aqui o agradecimento de todos apaixonados pela DKW ao “Sr. Fernando Jaeger” pela iniciativa e perpetuação da marca.

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  • Fonte: Wikipédia e sites relacionados
  • Fotos ilustrativas

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Matéria de

Marcus Vinicius

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(51) 3554-2020 – www.dekabras.com.br

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Ilustração: Ararê Arte Automotiva

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Matéria atualizada em 19/julho/2020

 

 

 

Comments

  1. Meu pai comprou uma OK em 1962 tinha 7 anos aprendi a dirigir nela e vendi quando fiz 20 anos.
    Carro muito resistente.
    Em 2001 passei a comprar uns carros antigo e comprei uma Belcar 1962 muito linda, me arrependo de ter vendido. Hoje quero adquirir outra para fazer uma carreteira.

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