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Vamos conhecer o incrível Rolls Royce Jonckheere Aerodynamic Coupe. Construído na Bélgica por Henri Jonckheere e Joseph Jonckheere em 1935 a partir de um Rolls-Royce Phantom I de 1925, sendo o único exemplar no mundo.
A história do carro original é fascinante, O Rolls Royce Phantom l 1925 com carroceria conversível foi encomendado por uma senhora americana de Detroit. O carro nunca chegou aos Estados Unidos e foi posteriormente comprado pelo Raja de Nanpara, uma região indiana sob domínio britânico.
Em 1932 o carro chegou na Bélgica e 2 anos depois foi entregue para os irmãos Jonckheere para sua nova carroceria feita à mão. Alguns relatos sugerem que era um presente para o príncipe Edward, mas todos os registros da fábrica foram perdidos na Segunda Guerra e não se sabe quem originalmente projetou a fantástica forma do corpo Art Déco.
O carro foi equipado com um motor de seis cilindros em linha 7,66L OHV e transmissão manual de 4 velocidades. A carroceria foi totalmente fabricada à mão para incluir portas redondas, janelas meia-lua de abertura dividida, teto solar duplo, bagagem sob medida e uma aleta estabilizadora na parte traseira.
O luxuoso automóvel era silencioso o suficiente para manter uma conversa em alta velocidade e viajaria facilmente a 100 mph (161 km/h).
O veículo mudou de mãos várias vezes nas décadas de 1940 e 1950 até ser comprado pelo americano Max Opie, que o restaurou e pintou com seis quilos de pó de ouro e laca.
Após a vida como um espetáculo itinerante, desapareceu até 1991, quando foi comprado por um senhor japonês por US$ 1,5 milhão. Em 2004 foi comprado pelo Museu Petersen e restaurado, resgatando a forma original de 1935 com exterior preto brilhante e interior de couro vermelho. O veículo é uma atração popular em Palm Beach e outros eventos de concursos de carros clássicos.
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O projeto de uma nova versão do famoso Rolls Royce apareceu em 2012, foi contratado o designer turco Ugur Sahin para criar uma interpretação moderna do modelo original construído à mão. O novo design foi cuidadosamente montado mantendo o respeito ao modelo original.
Disse Ugar Sahin: “É um desafio reinterpretar algo do passado que tem um caráter tão imponente e impressionante como o carro original, em uma forma moderna sem perder sua essência. Muitas coisas como as proporções e linhas, a impressão que algumas formas dão, são essenciais para recapturar no novo design. Manter o DNA do passado e injetar elementos de design moderno em coerência com o passado é sempre uma tarefa desafiadora para qualquer designer.”
“Decidimos projetar um carro que refletisse um caráter complexo que impressionasse o ambiente sem depender de elementos muito complicados e acréscimos desnecessários”, concluiu Ugar.
Na verdade o novo carro é apenas um conceito, formulado por meio de recursos visuais. Pesquisei para entender se alguma unidade foi produzida, mas, sem sucesso, acredito que tenha ficado somente na imagem mesmo.
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Matéria Marcus Vinicius
diretoria@gasolinanaveia.com.br
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15/agosto/2023
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