A Talbot foi uma marca de automóveis britânica fundada em 1903 por Charles Chetwynd-Talbot. A Talbot começou comercializando unidades produzidas na França com o nome de Clément-Talbot, e posteriormente passou a montá-los no Reino Unido e vendê-los como Talbot.

Clément-Talbot – 1903

Ao fim da 1ª guerra Talbot perdeu o interesse no negócio de automóveis, e vendeu sua marca para Alexandre Darracq, um entusiasta dedicado a competições como um meio de promoção de seus carros, com grande sucesso. Ganhou duas vezes a famosa Copa Vanderbilt americana (1905 e 1906) e bateu o recorde mundial de velocidade em 1904 e 1905, com um carro pioneiro na configuração de motor V-8. Esta história é um pouco complicada, entre a França e a Inglaterra, em 1904 Darracq vende o controle de sua empresa para um consórcio inglês, que passa a se chamar “A. Darracq and Company Limited”.

 Darracq V-8 de 1906 na praia de Daytona

Em dezembro de 1919 a Darracq, sediada em Londres, comprou todo o capital da Clément-Talbot e mais tarde comprou a Sunbeam, renomeando como STD Motors. Essas iniciais referiam-se a Sunbeam, Talbot e Darracq. A STD encerrou suas atividades em 1936, devido ao grande volume de dividas impagáveis.

 150 SS – 1937

Antonio Lago, gerente dos Suresnes, adquiriu o que restou da STD.

Raymond Mays, ao volante de um Talbot, em 1939, conquistou uma das poucas vitórias genuinamente francesas em Reims-Gueux.

Antonio Lago envolveu Talbot em corridas de carros esportivos e Grandes Prêmios, bem como na produção de carros de luxo de alta qualidade.

Talbot Lago T26 1949

No pós-guerra, o governo francês introduziu uma tributação anual punitiva sobre carros com motores superiores a 2,6 litros e as vendas de Talbot foram severamente restringidas. Lago continuou o negócio da Talbot até 1958, quando as portas da fábrica foram fechadas.

1958

Curiosidade

Um Talbot Lago 150 SSC 1937 enferrujado e desmontado, uma obra-prima da elegância automotiva do pré-guerra, agora está esquecido e sucumbindo ao tempo. Suas curvas amplas, antes brilhavam com alumínio polido e pintura profunda, estão envoltas em uma tapeçaria manchada de ferrugem. Os para-lamas em formato de lágrima e a carroceria elegante está esburacada e rachada, com manchas de metal aparentes. A delicada grade cede ligeiramente, seu design art déco quase imperceptível sob camadas de sujeira. As rodas raiadas estão tortas e incrustadas de sujeira, os pneus há muito vazios e apodrecidos enquanto a natureza segue seu curso neste outrora orgulhoso símbolo de velocidade e sofisticação aguarda por uma mão salvadora. (até parece poesia)

Alguns modelos Talbat

1955

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Matéria de Marcus Vinicius

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Revisão de Jaderson Gomes

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04/DEZ/2024

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