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A Panhard et Levassor é uma fabricante de automóveis francesa criada por René Panhard e Émile Levassor em 1887. A primeira venda de um automóvel com a marca Panhard et Levassor, ocorreu em 1890.
Os primeiros veículos eram exemplares únicos, não havia produção em série, eram usados pedais para iniciar a transmissão e uma corrente dentada. Esses veículos, também traziam um radiador frontal. A produção em série teve início apenas em 1891, quando a companhia construiu seu primeiro projeto completo, era um veículo de quatro rodas, motor frontal e tração traseira.
Em 1894, no Rali Paris–Rouen, Alfred Vacheron equipou seu Panhard de 4hp com um volante, acredita-se ser este um dos primeiros automóveis a usar um volante.
Em 1895, modelos Panhard et Levassors de 1205 cc, terminaram em primeiro e segundo lugares a corrida Paris–Bordeaux–Paris. O prêmio no entanto foi para o Peugeot de Koechlin, pois os Panhard tinham apenas dois assentos, e o regulamento exigia quatro.
O primeiro automóvel a circular em Portugal foi um Panhard Levassor importado de Paris pelo “4º Conde de Avilez” em 11 de outubro de 1895, tendo ficado célebre a primeira viagem deste veículo, desde a alfândega de Lisboa até Santiago do Cacém, onde residia o comprador do automóvel. Ele estava acompanhado do seu amigo José Benedito Hidalgo de Vilhena e de um mecânico.
A partir de 1910, a Panhard trabalhou no desenvolvimento de motores usando um novo tipo de válvula (as válvulas encamisadas). Entre 1910 e 1924, o catálogo da Panhard & Levassor oferecia vários modelos com motores de válvulas convencionais e também motores usando válvulas encamisadas. A partir de 1924 até 1940, todos os modelos da Panhard usavam motores com válvulas encamisadas.
Durante o mandato do Presidente da França Raymond Poincaré, entre 1913 e 1920, foram escolhidos como carros presidenciais oficiais, os modelos 18CV e 20CV da Panhard Levassor. Durante a primeira guerra, a Panhard, assim como outros grandes produtores de automóvel, concentraram esforços na produção de guerra, incluindo um grande número de caminhões militares e motores aeronáuticos de 12 cilindros.
Em 1925 um modelo de 4,8 litros estabeleceu o recorde mundial para corridas de uma hora, com a velocidade média de 185,51 km/h. A Panhard surpreendeu no 20° Paris Motor Show em outubro de 1926, quando apresentou seu primeiro modelo equipado com motor de seis cilindros. O novo Panhard 16CV “Seis” veio com um motor de 3.445cc e distância entre eixos de 3.540 mm.
Mais uma vez a Panhard surpreendeu no Paris Motor Show em outubro de 1930 com os carros da “série-S”, o “Panhard CS” e o “Panhard DS”, introduzidos um ano antes. Quatro dos cinco modelos exibidos eram modelos com motores de 6 cilindros e exibido também um modelo Panhard Type X67 com motor de 8 cilindros e 5,1 litros, com uma distância entre eixos de 3.590 mm.
Depois da Segunda Guerra Mundial, a companhia foi renomeada para Panhard (sem o “Levassor”), e passou a produzir carros leves como o Dyna X, o Dyna Z, o PL 17, o 24 CT e o 24 BT. A companhia já havia percebido as vantagens do uso do alumínio na produção de seus automóveis, um material muito mais leve. Isso, aliado ao racionamento da produção de aço no pós-guerra, incentivou o investimento no uso do alumínio. No entanto, um erro nos cálculos dos custos de produção, quase levou a empresa à falência, considerando o alto preço do alumínio, forçando-a a retornar rapidamente ao uso de aço.
O estilo do Dyna Z era muito peculiar, suave e arredondado, com ênfase na aerodinâmica.
Dyna Z
A Citroën assumiu o controle total da Panhard em 1965, o último modelo Panhard de passageiros foi construído em 1967.
Desde 1968 a Panhard fabrica apenas veículos militares.
Atualmente o nome Panhard é conhecido pelo sistema de suspensão “Barra Panhard”, que exerce o controle de deslocamentos laterais da suspensão. Esse sistema é empregado em várias marcas de automóveis, o propósito é deixar as rodas moverem-se verticalmente à carroceria.
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Matéria de
Marcus Vinicius
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Revisão de
Jaderson Gomes
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25/agosto/2021