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O Maverick foi criado pela Ford dos Estados Unidos que obteve grande sucesso em seu país de origem. Também foi fabricado no Brasil entre 1973 e 1979 em versões exclusivas com motores 4, 6 e 8 cilindros.

O “MAVERICK” NOS ESTADOS UNIDOS

Ao fim da década de 1960, a Ford norte-americana buscava um veículo compacto, barato e econômico para os padrões do país,  que pudesse fazer frente à crescente concorrência dos carros europeus e japoneses. Então no dia 17 de abril de 1969  o “Maverick” foi lançado por US$1.995, com 15 cores disponíveis e motores de 2,8 e 3,3 litros, ambos de seis cilindros.

A Ford anunciou como o veículo ideal para jovens casais, ou como segundo carro da casa. O estilo foi claramente copiado do Mustang. O sucesso foi imediato e logo no primeiro ano foram vendidas 579.000 unidades.

O “MAVERICK” NO BRASIL

Em 1967 a Ford, adquiriu o controle acionário da fábrica da Willys Overland no país e precisava lançar um carro que fosse o substituto do Aero 2600 e do Itamaraty, e consequentemente absorvessem peças e motores destes dois carros. Após pesquisa feita em um evento secreto com 1300 consumidores para apresentar o Ford Taunus, o Cortina da Ford inglesa, o Maverick, e definir qual o novo modelo a ser lançado no Brasil. O escolhido foi o Taunus, mas devido ao alto valor de investimento necessário, a Ford definiu pelo Maverick, que, por ter originalmente motor de seis cilindros, tinha espaço suficiente no capô para abrigar o motor já fabricado para os modelos Willys, e a sua suspensão traseira de molas semi-elípticas era simples e já disponível. Apesar do motor Willys ter sido concebido originalmente na década de 1930, esse foi o meio que a Ford encontrou para economizar em torno de US$ 70 milhões em investimentos para a produção do Taunus. Esse procedimento, que mais tarde chegaria ao conhecimento público, acabou manchando a imagem do Maverick antes mesmo do seu lançamento.

O primeiro Maverick  produzido no Brasil deixou a linha de montagem em 4 de junho de 1973. O público já começava a interessar-se pelo modelo desde o Salão do Automóvel de São Paulo de 1972, quando o carro foi apresentado. O que seguiu foi uma das maiores campanhas de marketing da indústria automotiva nacional, contando inclusive com filmagens nos Andes e na Bolívia.

O carro apresentava inicialmente três versões: Super (modelo standard), Super Luxo (SL) e o GT . Os Super e Super Luxo apresentavam-se tanto na opção sedã quatro portas e  como cupê duas portas, sendo sua motorização seis cilindros em linha ou, opcionalmente, V8, todos com opção de câmbio manual de quatro marchas no assoalho ou automático de três marchas na coluna de direção.

Já o “Maverick GT” era o top de linha, se destacava externamente pelas faixas laterais adesivas na cor preta, capô e painel traseiro com grafismos pintados em preto fosco e rodas mais largas. O Maverick GT vinha equipado com motor de 8 cilindros em V de 302 polegadas cúbicas, potência de 199 hp  e 4.950 cm3 de cilindrada oferecido somente com câmbio manual de quatro marchas com acionamento no assoalho, podia acelerar de 0 a 100 km/h em pouco mais de dez segundos.

Também eram itens que equipavam somente a versão “GT”: um par de presilhas em alumínio no capô e internamente  um conta-giros sobreposto à coluna de direção do volante.

No ano de 1975, com o objetivo de homologar o Kit Quadrijet para as pistas, a Ford lançou no Brasil o famoso Maverick Quadrijet. Verdadeira lenda entre os antigomobilistas e amantes de velocidade, o Maverick Quadrijet era um Maverick 8 cilindros cujo motor era equipado com um Carburador de corpo Quádruplo (daí o nome “Quadrijet”), coletor de admissão apropriado, comando de válvulas de 282º  e taxa de compressão do motor elevada para 8:5:1, aumentando a potência do carro, de 140 cv para 185 cv (potência líquida) a 5.600 RPM. Com essas modificações o Ford Maverick acelerou de 0 a 100 km/H em  6,5 segundos e atingiu a Velocidade Máxima de 205 km/h.

Após sucessivos testes realizados por revistas especializadas, os defeitos do novo carro da Ford foram se evidenciando. As revistas criticavam a falta de espaço traseiro nos bancos, bem como a má visibilidade traseira devido ao formato Fastback do carro. A versão de quatro portas não tinha nenhum desses dois problemas, mas o público brasileiro à época tinha preferência por carros de duas portas e o modelo com quatro portas não foi bem aceito. Outra fonte de críticas do Maverick no Brasil foi o motor de seis cilindros herdado do Willys Itamaraty, com bastante torque mas lento nas acelerações, ele acelerava de 0 a 100 km/h em aproximadamente 20 segundos e seu consumo era elevado.

O “FORD MAVERICK” NAS PISTAS

Os “Mavericks” equipados com o potente motor V8 fizeram grande sucesso nas pistas brasileiras, reinando de 1973 a 1977 em praticamente todas as provas das quais participou.  Alguns Mavericks receberam extensas modificações, como por exemplo o modelo construído pela Ford especialmente para a Divisão 3, por intermédio do preparador Luiz Antônio Greco. O motor recebeu, entre outros itens, cabeçotes de alumínio Gurney-Weslake, iguais aos usados no lendário Ford GT40, comando de válvulas especial e 4 carburadores de corpo duplo Weber 48 IDA. Com esta modificação o motor atingiu a potência de 450cv líquidos, cerca de 3 vezes a potência original.

A partir dos anos 90, devido à maior facilidade de importação no Brasil, muitos proprietários equiparam seus Maverick com peças para alta performance de origem norte-americana, o que fez o carro ser largamente usado em provas de arrancada que se multiplicaram no país. Neste tipo de prova os Maverick têm logrado grande sucesso, sempre arrancando vibração do público com o ronco característico de seu potente motor.

PRIMEIRO RAID DE INTEGRAÇÃO NACIONAL

Promovido pela Ford do Brasil, EMBRATUR, DNER entre outros. Os carros escolhidos para participarem deste Raid foram um Ford Maverick, um Ford Belina e um Ford Corcel, o objetivo deste evento era unir pela primeira vez por estrada todos os estados brasileiros. Tudo começou no dia 08 de Outubro de 1973. O 1º Raid da Integração Nacional deu início no extremo sul do país, na cidade de Chuí no Rio Grande do Sul, passando por Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe até chegarem a Bahia cruzando todo o nordeste brasileiro, desceram ao Espirito Santo, passando pelo Rio de Janeiro e Minas Gerais e após isso, o 1º Raid da Integração Nacional chegou em Brasília, no dia 31 de Outubro.

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Matéria de Marcus Vinicius

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04 de agosto de 2018

Comments

  1. Parabéns pela matéria! Gostei muito das informações!
    Abraços e sucessos sempre!
    Deus abençoe!
    Abraços!

    att,

    Tiago Viana

  2. Boa matéria mas ainda repete informações incorretas que, ao serem repetidas, se tornam fatos. Sugiro a leitura do livro UNIVERSO MAVERICK para corrigir alguns pontos e, se quiser, fica o convite para visitar a EXPO MAVERICK neste final de semana (3 e 4 de Junho/2023) na Garagem 55 (Moóca/SP) com uma grandes festa comemorativa aos 50 anos do MAVERICK no Brasil.
    Abraços e sucesso
    Paul Gregson

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