“Mille Miglia” velocidade e perigo pelas estradas da Itália

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A Mille Miglia (em português mil milhas) foi uma corrida automobilística de longa distância em estradas abertas da Itália com 24 edições entre 1927 e 1957.

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O evento ocorreu treze vezes antes da Segunda Guerra Mundial e onze vezes após 1947.

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Tratava-se de uma corrida de resistência de automóveis idealizada em 1927 pelos jovens condes Francesco Mazzotti e Aymo Maggi. O percurso de cerca de mil milhas tinha o formato de um “8” ligando a cidade de Bréscia a Roma (ida e volta), totalizando 1600 quilômetros. As corridas posteriores seguiram doze outras rotas de comprimentos totais variados.

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A Mil Milhas trouxe para a disputa grandes marcas como: Alfa Romeo, BMW, Ferrari, Maserati, Mercedes-Benz e Porsche. 

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De 1953 a 1957, a Mille Miglia também foi uma etapa do Campeonato Mundial de Carros Esportivos .

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Numeração dos carros 

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Ao contrário dos ralis modernos , onde largam os carros maiores de classe profissional antes dos carros mais lentos. Na Mille Miglia os carros menores, mais lentos e de menor cilindrada começavam primeiro. Isso tornou a organização mais simples e minimizou o período em que as estradas precisavam ser fechadas. A partir de 1949, os carros receberam números de acordo com o horário de início. Por exemplo, o carro da foto acima, largou as 4:28hs.

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A primeira corrida começou em 26 de março de 1927 com setenta e sete participantes, todos italianos, dos quais cinquenta e um chegaram ao final da corrida em Brescia.  O vencedor foi Giuseppe Morandi, que completou o percurso em pouco menos de 21 horas e 5 minutos, com média de quase 78 km/h (48 mph) em seu OM de 2 litros.

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Após a Segunda Guerra Mundial, os italianos continuaram a dominar a corrida, novamente em uma única grande volta pela Itália. Alguns pilotos não italianos conseguiram pódios na década de 1950, entre eles Juan Manuel Fangio , Peter Collins e Wolfgang von Trips .

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Em 1955, a Mercedes fez mais uma tentativa de vencer o MM, desta vez com uma preparação cuidadosa e um carro mais potente, o Mercedes-Benz 300 SLR que era baseado no carro de Fórmula 1 (Mercedes-Benz W196), totalmente diferente de seus carros esportivos. carregando o nome 300 SL. Após 10 horas, 7 minutos e 48 segundos, Moss/Jenkinson chegou a Brescia em seu Mercedes-Benz 300 SLR com o agora famoso número 722, estabelecendo o recorde do evento com média de 157 km/h (97,96 mph), o mais rápido de todos os tempos.

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O fim de tudo

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A corrida foi banida para sempre após dois acidentes fatais na corrida de 1957. A primeira foi a queda de uma Ferrari 335 S de 4,0 litros que tirou a vida do piloto espanhol Alfonso de Portago, seu co-piloto/navegador Edmund Nelson , e nove espectadores, na vila de Guidizzolo. Cinco dos espectadores mortos eram crianças, todas de pé ao longo da pista de corrida. Portago, já inquieto por fazer uma corrida que considerava muito perigosa, esperou demais para trocar os pneus. O acidente foi causado por um pneu gasto. O fabricante foi processado por isso, assim como a equipe Ferrari.

O segundo acidente automobilístico, em Brescia , tirou a vida de Joseph Göttgens . Ele estava dirigindo um Triumph TR3.

56 pessoas perderam a vida na competição entre 1927 e 1957.

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De 1958 a 1961, o evento foi retomado como um rally de ida e volta em velocidades legais com algumas etapas especiais conduzidas em velocidade máxima, mas isso também foi interrompido.

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O Renascimento

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Em 1977, a “Mille Miglia” renasceu como uma corrida regular para carros clássicos e antigos . A participação é limitada a carros produzidos até 1957, que participaram, idênticos ou foram registrados na corrida original. 

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Atualmente o percurso, ida e volta Brescia-Roma, é semelhante ao da corrida original, mantendo o ponto de partida/chegada no Viale Venezia em Brescia .

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Museu Mille Miglia

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Desde 2004, o antigo Mosteiro de Sant’Eufemia em Brescia abriga o Museu Mille Miglia , que ilustra a história desta corrida de carros com filmes, vestimentas, cartazes e vários carros clássicos que participaram da competição.

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Matéria de

Marcus Vinicius

diretoria@gasolinanaveia.com.br

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Revisão de

Jaderson Gomes

suporte@gasolinanaveia.com.br

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28/nov/2022

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