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A história do esportivo brasileiro

O “Santa Matilde” foi um automóvel produzido entre 1977 e 1997, pela Companhia Industrial Santa Matilde, localizada na cidade de Três Rios, no estado do Rio de Janeiro.

Após a crise do petróleo do início dos anos 1970, o governo proibiu a importação de carros. Com isso, surgiram diversos novos projetos, para produção de carros chamados de “fora de série”, destinados a quem procurava exclusividade.

Dentre diversos modelos apresentados na época, como por exemplo: Puma GTB e Miúra, destacou-se o esportivo “Santa Matilde” ou simplesmente “SM”. Desenvolvido pela Santa Matilde, indústria de componentes ferroviários e agrícolas, que também passou a atuar no segmento automotivo.

O primeiro protótipo ficou pronto em 1977, mas apresentava diversos problemas, desde a parte estrutural, ergonomia e dirigibilidade comprometida, o que foi totalmente refeito pela equipe da própria Industria Santa Matilde.  Em 1978 o SM foi apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo, já com as modificações necessárias concluídas, iniciando uma trajetória de sucesso.

O SM foi um carro revolucionário, com muitos avanços para a época e itens de série vistos apenas em carros de alto luxo, como: direção hidráulica, ar-condicionado, freio a disco nas quatro rodas, vidros elétricos, painel de instrumentos completo e bancos com revestimento de couro.

Equipado com motor GM de 6cc, 4.1 a gasolina, 127 cv, 29 kgfm de torque e velocidade máxima de 180 km/h, não era um canhão, mas agradava a quem procurava esportividade. Mesmo utilizando a mesma mecânica e partes da suspensão do Opala, as diferenças entre dimensões de chassis, distância menor entre eixos e posicionamento do motor faziam com que o SM tivesse melhores resultados na estabilidade.

A partir de  1980, o SM passava a contar com os motores 2.5 litros a álcool em versão aspirada ou turbo, além do 4.1 seis cilindros associado ao câmbio manual ou automático. Em 1984 é lançada a nova versão conversível, equipado com capota de lona retrátil e outra de fibra.

Em 1985 mais uma grande mudança, “Rose Valverde”, desenhista da Santa Matilde, remodelou o interior do SM, criando um novo painel e console combinando com os forros das portas.

Para 1987 mais uma mudança na estrutura e no desenho da carroceria; os 4 faróis redondos dão lugar a um par de faróis retangulares, emprestados do VW Santana, sendo que o modelo conversível permaneceu inalterado até o final da sua produção em 1990.

Santa Matilde 1992

Em 1988 a produção do Santa Matilde começa perder força, devido a diversos problemas internos na indústria, totalizaram apenas seis unidades neste ano, e a partir daí, cada vez menos carros saindo da produção.

Santa Matilde 3.0 – 1997

O último SM foi produzido no ano de 1997, com motor GM 3.0 do Ômega, sendo apenas uma unidade sob encomenda.

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No total foram produzidos 937 unidades, sendo 490 do modelo Hatch, 371 do modelo coupê e 76 conversíveis.

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Fotos meramente ilustrativas

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Matéria de

Marcus Vinicius

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15/agosto/2018

 

 

 

 

 

 

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