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Amédée Gordini

A marca Gordini iniciou como uma divisão da Renault Sport Technologies (Renault Sport), fabricante e preparadora de carros esportivos, fundada em 1946 por Amédée Gordini, apelidado de “Le Sorcier” (O bruxo). A Gordini tornou-se uma divisão da Renault em 1968, e da Renault Sport em 1976.

Ainda jovem, Amédée Gordini ficou fascinado com automóveis e corridas; na adolescência trabalhou como mecânico para Alfieri Maserati. Depois de servir ao exército italiano durante a Primeira Guerra Mundial, em 1926 ele se casou e fixou residência em Paris, sendo logo seguido pelo restante da família. Na França participou de eventos de Grand Prix e das 24 Horas de Le Mans, com carros da Fiat.

Amédée tinha uma predileção especial pelo Fiat Balilla, lançado no início de 1932. Usando um chassi do Balilla ele desenvolveu um “roadster” que usou em suas primeiras corridas.

Amédée Gordini preparava carros Simca-Gordini com muito sucesso em várias competições, como: os ralis, a 24 Horas de Le Mans em 1937 com o Simca 5; as corridas de resistência de Bol d’or, Reims, Donington, Montlhéry e Spa-Francorchamps com o Fiat 1100 em 1938 e 1939. A combinação Simca-Gordini voltou a ter sucesso internacional em corridas de Grand Prix logo depois da Segunda Guerra Mundial, já em 1945. Os carros azuis eram os únicos representantes franceses depois da retirada da Talbot, competindo com pilotos da categoria de Jean Trévoux em 1949.

Gordini 11 – 1946

Em 1946 Amédée fundou sua própria empresa independente, a Gordini, para construir carros esportivos e de competição. Em 1953 o governo francês concedeu a Amédée Gordini a Legião de Honra. A Gordini produziu carros de sucesso para as pistas durante toda a década de 1950.

Renault Dauphine – 1957

Dificuldades financeiras atingiram a indústria de Amédée, contudo o negócio sobreviveu devido a parceria com a Renault a partir de 1957, inicialmente produzindo o Renault Dauphine .

Renault Gordini – 1962

1962 – O Gordini chega ao Brasil

Renault Gordini, foi um carro lançado pela francesa Renault em 1958 na Europa e, mediante licenciamento, pela Williys Overland em 1962 no Brasil. A Willys Overland foi uma empresa associada à Renault. O Gordini era o sucessor do Renault Dauphine, com uma mecânica mais refinada. Tinha os mesmos 845 cc de capacidade cúbica, mas desenvolvia 40 cv e possuía um câmbio de quatro marchas que lhe dava um desempenho bem superior ao modelo anterior, com apenas 31 cavalos e câmbio de três marchas. O aumento de potência no motor Ventoux cht foi obra de Amédée.

O Gordini tem menos de 4 metros de comprimento e 1,44 metro de altura. O pneu estepe fica bem alojado sob o piso do porta-malas e seu acesso é pelo para-choque dianteiro, o porta malas é generoso. Mesmo com quatro portas, a impressão é de que quatro adultos não cabem lá dentro. A carroceria é monobloco e a suspensão, independente nas quatro rodas.

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Já no início da sua produção no Brasil o Gordini recebeu elogios da imprensa especializada, mas isso não o livrou de um incômodo apelido colocado pelo povo, emprestado de uma campanha publicitária de leite em pó: “Leite Glória”, rapidamente seguido de um “desmancha sem bater.” Credita-se essa maledicência a uma crônica dificuldade de relacionamento da suspensão com nossas ruas e sua tendência de transformar a água do radiador em vapor.

O Gordini participou de um teste de resistência em outubro de 1964 para melhorar a fama do modelo no Brasil. O teste foi realizado entre os dias 27 de outubro e 17 de novembro no Autódromo de Interlagos. Consistia em andar com o carro nestes vinte dias, parando apenas para abastecimento e pequenos reparos de manutenção, totalizando 51.233 km.

Apesar de sofrer um capotamento durante os testes, o valente carrinho percorreu mais de  50.000 Km com média de 97,03 Km/h. Foi um feito e tanto, considerando-se que choveu muito durante o percurso e o carro estar avariado pelo acidente.

Após o feito, a Willys veiculou anúncios divulgando a força do Gordini, Infelizmente, o público não engoliu. Os esforços não pararam, em 1967 chegava o GORDINI III, com várias inovações, motor novo, freios a disco nas rodas dianteiras e novo acabamento.

Para 1968 chegava o GORDINI IV, apenas com novas cores. Em março desse ano ele deixava de ser fabricado, encerrando um total de 74.620 unidades entre as várias versões (23.887 do Dauphine, 41.045 do Gordini, 8.967 do Teimoso e apenas 721 do 1093). O Gordini ainda hoje é um carrinho muito querido e cobiçado pelos colecionadores de automóveis antigos. No Brasil podemos encontrar rodando muitas unidades deste veículo.

Renault Dauphine
Willys Gordini
Teimoso
1093

Em 1968 o Gordini foi substituído pelo Corcel, um carro desenvolvido em conjunto pela Willys e a Ford do Brasil, chamada na época de Ford-Willys e mecânica Renault. Adaptado às condições do Brasil, foi um sucesso de vendas, mas, nunca atingiu o nível do Fusca.

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Matéria de

Marcus Vinicius

diretoria@gasolinanaveia.com.br

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Fonte: Wikipédia e sites relacionados – Fotos meramente ilustrativas

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01/set/2019

Comments

  1. uma caracteristica que eu nunca vi em nenhum outro carro de motor traseiro, era a captação de ar para o motor, dentro do porta-malas.

  2. Eu era jovem, quando completei 18 anos entrei na auto escola que ficava na rua dos trilhos equina com a rua taquari no bairro da Mooca, confesso que gostava tomar as aulas naquele carrinho o Gordinho tomei muito carinho pelo carro, e até me dei muito bem no izame no Detran em São Paulo, passo na prova e percurso na baliza. Boas lbranças. Há isto foi no ano de 1967

  3. Bom dia galera do Gordini, lembro muito bem em 1967 tirei a minha carta de motorista, eu tomava as aulas no Gordini e confesso que gostava e passei
    a apreciar e gostar do carrinho, eu não tinha carro, e achava o Gordini um carro pequeno e aconchegante fácil de dirigir e muita bizibilidade, tanto que fiz percurso e baliza no Detran e passei na a raça, está escola onde tirei a carta de motorista ficava na Rua dos Trilhos esquina com a Rua Taquari no bairro da Mooca.

  4. TODA EQUIPE ESTÁ DE PARABÉNS
    NÓS COMPRAMOS TRÊS DAUPHINES NA REVENDA “”CIDAR AUTOMÓVEIS “” AQUI NO RECIFE-PE E ERAM TAXI.!!!
    NUNCA NOS DERAM PROBLEMAS EXCETO BORRACHAS DE SUSPENSÃO, MAS TUDO POR CULPA DO PISO NAS RUAS, AVENIDAS E RODOVIAS!!!
    EM 1968, VENDEMOS E COMPRAMOS DOIS CORCEL E TAMBÉM FORAM PARA PRAÇA DE TAXI!!!
    FOI SÓ ALEGRIA!!!

  5. Eu lembro muito desse CARRÃO, por causa do meu pai que perdi muito cedo e eu tinha 5 anos de idade, o automóvel é fantástico, ótima lembrança que tenho!

  6. 13 de Setembro de 2021.
    O Renault 1093 que se nao me engano so vinha na cor Dourado/Champagne Metalico NAO vinha com os 36 HP do Dauphine tampouco com os 40 HP do Gordini mas sim com os 53 HP da Berlineta Interlagos.

    1. Saía na cor vermelha também. Tive um na época e mantenho um até hoje. Esse modelo já existia na França e foi o Interlagos que adotou seu motor a partir de 64.

  7. Diz a lenda (passeei muito num Gordini da Minha tia quando eu era criança) que teve uma época que se comprava Gordini sem a pintura, para ser mais barato, e que o proprietário pintava do jeito que queria. Na adolescência, o pai de um amigo tinha um pintado a mão… de uma cor que só o pai dele gostava… mas deve ser somente mais uma lenda urbana…

  8. Realmente era um carro com algumas fragilidades. Por exemplo o semi eixo traseiro se deslocava saindo de geometria. O sistema de arrefecimento do motor era insuficiente para os padrões e clima do Brasil. Mas a pá de cal foi o surgimento do Ford Corcel.

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