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Zonda é um automóvel superesportivo construído pela fabricante italiana Pagani. O Zonda foi produzido sob encomenda para clientes de alto poder aquisitivo entre 1999 e 2019. Até 2019, 140 Zondas tinham sido construídos, incluindo protótipos de desenvolvimento.

Foram lançadas as versões coupé e roadster de 2 portas construídas em fibra de carbono.

Horácio Pagani e

Juan Manuel Fangio

O campeão de Fórmula 1 Juan Manuel Fangio teve um papel importante no desenvolvimento do Zonda. O carro seria originalmente chamado de “Fangio F1” em homenagem a ele, mas após a sua morte em 1995, ele foi renomeado para “Zonda”, um termo regional para uma corrente de ar acima da Argentina.

Modelos:

Zonda C12

O Zonda C12 foi lançado em 1999 no Salão do Automóvel de Genebra. Equipado com um motor 6.0 Mercedes-Benz V12 produzindo 394cv a 5.200rpm acoplado a uma transmissão manual de 5 velocidades. O C12 pode acelerar de 0-100km/h em 4,2 segundos.

Apenas cinco do original 6.0 L foram construídos. Um deles foi usado para testes de colisão e um segundo apenas para apresentação em exposições. Os demais foram entregues a clientes durante os três anos subsequentes. Uma mulher da Suíça é proprietária do último Zonda C12, rejeitando a oferta da própria Pagani para resgatar o carro por razões históricas.

Zonda S 7.0

O Zonda S usa um 7.0 L versão AMG com motor afinado, produzindo 550cv. Pode acelerar de 0-100km/h em 3,7 segundos e a 160 km/h em 7,5 segundos, podendo atingir a velocidade máxima de 335 km/h. O Zonda S apresenta um nariz alongado, abas na parte traseira para melhorar a aerodinâmica e novos clusters de luz e escapamentos. Apenas quinze carros 7.0 L Zonda S foram produzidos.

Zonda S 7.3

O Zonda S 7.3 de 2002 usou um novo e maior motor V12 de 7.3 L, projetado e fabricado pela Mercedes-Benz AMG produzindo 555cv. Para dominar essa potência, foram implantados controle de tração e freios ABS.

Numa Autoban o carro atingiu 319 km/h, 16 km/h abaixo da marca de sua velocidade máxima reivindicada de 335 km/h. Os representantes da empresa na fábrica de Pagani alegaram que isto foi resultado de o carro estar com força máxima para baixo gerando atrito (down force), algo que iria fazer a sua velocidade máxima cair para cerca de 320 km/h. No entanto, o artigo EVO alegou que peças aerodinâmicas, especificamente as que criavam arrasto foram removidas durante a corrida, trazendo desconfiança às alegações da Pagani.

Zonda Roadster

Em 2003 a Pagani apresentou o Zonda Roadster, uma versão Roadster do Zonda S 7.3.

Com os mesmos componentes do coupé, a Pagani prometeu que não haveria perda de performance, devido ao ganho de 30 kg no peso. Um total de 40 Roadsters foram produzidos.

Zonda F

O Zonda F, ou Zonda Fangio, estreou em 2005 no Salão do Automóvel de Genebra. Foi a mais extensa re-engenharia do Zonda, mesmo compartilhando muitos componentes com seus antecessores, incluindo o motor 7.3 L AMG V12 que através de coletores de admissão e de escape avançados, um ECU revisado, passou a produzir 602cv a 6150rpm.

A produção do Zonda F foi limitada a 25 carros. O carro foi nomeado em homenagem ao campeão de Formula 1 Juan Manuel Fangio; equipado com um farol extra e diferentes luzes de nevoeiro nas laterais, nova carroceria, frente renovada, novo spoiler traseiro, saídas mais aerodinâmicas, que melhoraram a aerodinâmica do carro. Outras melhorias sobre o “S” foram os freios opcionais de carbono/cerâmica desenvolvidas em conjunto com a Brembo, rodas de liga leve, sistema de escape Inconel, entrada de ar de alumínio e uma trama redesenhada “Z preg ” no cockpit para melhorar a rigidez e reduzir o peso.

Zonda Roadster F

O Zonda Roadster F estreou no Salão do Automóvel de Genebra em 2006. Era semelhante ao coupé, na versão conversível com teto e laterais em fibra de carbono muito leves. A produção do Roadster F foi limitada a 25 unidades.

O Roadster F é capaz de manter a rigidez de chassi, sem qualquer ganho de peso, evitando o pensamento convencional por não reforçar as soleiras, um processo que teria precisado de mais de 35 quilogramas de reforço. A Pagani em vez disso, usa a mentalidade de carros de corrida, materiais e técnicas de construção, fortalecendo a estrutura do cockpit e chassis sem ganho de peso. O pára-brisas também é reforçado por razões de segurança. Estas técnicas permitem que o Roadster tenha praticamente o mesmo peso que o coupé, apenas 1.230 kg.

O Roadster F Clubsport foi testado pelo “Stig” do programa Top Gear e por James May, alcançando um tempo de volta na pista de testes de 1:17.8, batendo o Bugatti Veyron 16.4 testado durante o mesmo episódio, mas, perdeu em uma arrancada de quarto de milha contra o Veyron por cerca de 2,5 segundos.

Zonda R

O Zonda R estreou no Salão do Automóvel de Genebra de 2007, utilizando o motor 6,0 L V12 M120 de origem da versão de corrida da Mercedes -Benz CLK- GTR. Apesar de compartilhar muito da forma do Zonda, o R é um projeto totalmente novo, compartilhando apenas 10% dos componentes do Zonda F. Horacio Pagani orientou o projeto deste carro para ser um chassi de teste de componentes do modelo de substituto do Zonda, denominado Pagani Huayra (na mesma linha do Ferrari 288 GTO Evoluzione e o F40). O Zonda R reflete com precisão alguns dos recursos do Huayra. Apenas 15 Zonda R foram produzidos.

A potência aumentou para 750cv a 8500 rpm. Um sistema de admissão de alta performance de fibra de carbono, embreagem múltipla e sistema de escape estilo Formula 1, hidroformado em Inconel 625 e revestidos de cerâmica para a dissipação de calor foram adicionados. O motor AMG é acoplado a uma transmissão de 6 velocidades sequencial. O Zonda R tem um tempo de volta recorde em Nürburgring de 6: 47.48.

Zonda Cinque

O Zonda Cinque “cinco em italiano”, era para ser o último modelo da Zonda, sendo uma versão de estrada do Zonda R. Apenas cinco foram construídos, daí o nome, com entregas para junho de 2009 para todos os cinco carros.

As diferenças em relação a outros Zondas de estrada são a nova caixa de câmbio sequencial de 6 velocidades, resultando em mudanças agora tendo menos de 100 milissegundos, 0-100km/h em 3,4 segundos. O Cinque também tem uma versão revista de fibra de carbono chamada “carbo-titânium”, que incorpora titânio para aumentar a força e rigidez. Na suspensão o uso de componentes de magnésio e titânio e a potência do motor foi aumentada para 678cv. Carroceria revista, que inclui um divisor mais à frente, novas saias laterais, difusor traseiro e uma parte inferior mais achatada, bem como um coletor de admissão de ar montado no teto.

Zonda Cinque Roadster

O Roadster tem as mesmas especificações como o Coupé a partir do qual teve origem e com apenas cinco unidades que foram construídas, com um preço de £ 1,3 milhões / US $ 2 milhões, mais impostos locais.

Zonda Tricolore

O último Zonda produzido em massa foi originalmente concebido como um “one-off”, com apenas três unidades construídas. Foi um tributo à equipe de acrobacias aéreas do país. Ele carrega a maior parte do corpo do Zonda Cinque, é reconhecido pelas listras vermelhas, brancas e verdes que corre pelo carro, além da exclusiva asa colocada atrás do cockpit que lembra a cauda e a asa do avião de acrobacias Aermacchi MB -339 PAN de Frecce Tricolori, podendo chegar a 350 km/h.

L’Ultimo Pagani Huayra

Pagani apelidou de último cupê Huayra, ou L’Ultimo, que significa “O Último” em italiano.

Sim, este é o 100º Huayra construído e é uma homenagem ao campeão mundial de Fórmula 1 Lewis Hamilton, que numa entrevista recente disse que o primeiro carro de Pagani, o Zonda, é “ terrível de conduzir ”. “Apenas para acrescentar, o nome Huayra é em homenagem a Huayra-tata, o Deus do vento na cultura inca.” 

O revendedor de carros de luxo com sede em Miami, Brett David, é o proprietário e encomendou o carro para imitar a aparência da pintura Mercedes-AMG F1 de Hamilton. Do lado de fora, você pode ver a clara ode ao piloto de F1. O prata, o preto e o verde-azulado funcionam bem juntos, assim como no carro de Hamilton. É uma pintura que também faz sentido no Pagani, considerando que tanto ele quanto o carro de F1 usam motores AMG.

E por falar em Hamilton…

Em 2014 foi entregue a Hamilton um Zonda LH, (O LH é em homenagem ao piloto, as iniciais de seu nome) um dos cinco Zonda 760S, o que permaneceu com ele até 2021, vendido com menos de mil quilômetros rodados, mesmo após sete anos. O motivo de estar com esta quilometragem podemos deduzir levando em consideração a sua crítica: “O pior em dirigibilidade dos carros da minha garagem.”

O mesmo carro que após ser vendido por Hamilton foi fotografado por Ethan Gale com a lateral destruída dentro de um túnel no País de Gales. As informações são de que o condutor teria acelerado dentro do túnel, para aproveitar a acústica e ouvir mais o som do motor, quando perdeu o controle e enfiou a lateral do lado do passageiro no muro. Acabou quebrando o eixo traseiro, para-brisa, faróis e parte da carroceria.

O criador

O criador desta famosa marca, a “Pagani”, chama-se Horacio Pagani, nascido em 10 de novembro de 1955. Horácio é um empresário e engenheiro argentino radicado na Itália, por influência do piloto Juan Manuel Fangio. Horácio Pagani ficou famoso mundialmente por fundar em 1992 a Pagani Automobili SpA. Antes de fundar sua própria empresa, Pagani trabalhou na Renault e na Lamborghini .

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Matéria de Marcus Vinicius

diretoria@gasolinanaveia.com.br

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Revisão de Jaderson Gomes

suporte@gasolinanaveia.com.br

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30/abril/2024

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