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O prazer de pisar no acelerador é incomparável, muitos filmes abordam como tema as proezas ao volante, o ronco de um motor repleto de cilindros, as linhas agressivas de um esportivo ou a beleza dos clássicos. Para muitos uma paixão tão intensa e a vontade de praticar loucuras ao volante, o que não é aconselhável, porém, para isso o cinema retrata fugas e proezas emocionantes e vamos mostrar algumas aqui.

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DIAS DE TROVÃO (1990)

Cole Trickle (Tom Cruise) é um jovem piloto de stock car com muito talento, mas nenhuma ideia de como canalizar este dom para obter vitórias. Porém, as coisas mudam quando Tim Daland (Randy Quaid) incumbe Harry Hogge (Robert Duvall), um veterano piloto de stock car, a construir um carro e contratar Cole para dirigi-lo. Harry precisa passar para Cole sua filosofia de vitória e ensiná-lo como transformar seu talento em sucesso. Cole imediatamente entra em conflito com Rowdy Burns (Michael Rooker), o piloto mais badalado do circuito. Esta rivalidade acaba criando um acidente, que manda ambos para o hospital. Por causa dos seus ferimentos, Rowdy é forçado a abandonar a competição. A saúde de Cole é restabelecida, ele começa a correr novamente em busca do sucesso, mas tem que competir contra Russ Wheeler (Cary Elwes), que não quer apenas derrotar Cole, mas deixá-lo incapacitado para sempre. O filme mostra momentos de real competição ao volante.

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FORD VS FERRARI (2019)

Durante a década de 1960, a Ford resolve entrar no ramo das corridas automobilísticas de forma que a empresa ganhe o prestígio e o glamour da concorrente Ferrari, campeã em várias corridas. Para tanto, contrata o ex-piloto Carroll Shelby (Matt Damon) para chefiar esta missão. Por mais que tenha carta branca para montar sua equipe, incluindo o piloto e engenheiro Ken Miles (Christian Bale), Shelby enfrenta problemas com a diretoria da Ford, especialmente pela mentalidade mais voltada para os negócios e a imagem da empresa do que o aspecto esportivo. O filme não retrata exatamente as corridas eletrizantes envolvendo duas das mais conhecidas fabricantes de carros do planeta. Neste longa o diretor James Mangold procurou mostrar mais os bastidores do automobilismo, separando os negócios do esporte em si. Neste aspecto, Ford e Ferrari tornou uma disputa particular entre a pioneira na produção de carros em série, a segunda pelo prestígio decorrente das inúmeras corridas que participou.

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EM RITMO DE FUGA (2017)

Em Ritmo de Fuga, o jovem Baby (Ansel Elgort) tem uma mania curiosa, precisa ouvir músicas o tempo todo para silenciar o zumbido que perturba seus ouvidos desde um acidente na infância. Excelente motorista, ele é o piloto de fuga oficial dos assaltos de Doc (Kevin Spacey), mas não vê a hora de deixar o cargo, principalmente depois de apaixonar pela garçonete Debora (Lily James). Essa é a história de um rapaz de bom coração com um trauma, um trabalho incomum, um nome ridículo e fones nos ouvidos o tempo todo. O início é impressionante, ao som de “Bellbottoms”, do The Jon Spencer Blues Explosion, Baby cumpre com maestria, e no embalo exato da canção seu papel no assalto a banco: aguardar, observar, acelerar e despistar. A corrida pelas ruas de Atlanta, filmada de maneira vertiginosa é de tirar o fôlego e joga a adrenalina do espectador lá no alto.

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RUSH – NO LIMITE DA EMOÇÃO (2013)

Anos 1970 o mundo sexy e glamoroso da Fórmula 1 é mobilizado principalmente pela rivalidade existente entre os pilotos Niki Lauda (Daniel Brühl) e James Hunt (Chris Hemsworth). Eles possuíam características bem distintas, enquanto Lauda era metódico e brilhante, Hunt adotava um estilo mais despojado, típico de um playboy. A disputa entre os dois chegou ao seu auge em 1976, quando ambos correram vários riscos dentro do cockpit para que pudessem se sagrar campeão mundial de Fórmula 1. O esporte sempre oferece temas ao cinema com suas inúmeras histórias de vida, curiosamente vem do automobilismo uma das histórias mais insólitas e fascinantes, vindas da obsessão por um objetivo e o que se faz para atingi-lo. Mais do que uma mera disputa sobre quem levará para casa o título mundial, Rush, No Limite da Emoção busca entender as motivações por trás de uma das rivalidades mais intensas na história da Fórmula 1. Esta motivação transforma um mero filme sobre carros de corrida em algo maior; um filme sobre a determinação do ser humano. Niki Lauda e James Hunt tinham personalidades muito distintas, mas possuíam algo em comum, a gana pela vitória.

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DRIVER (2011)

Durante o dia um motorista (Ryan Gosling) trabalha como mecânico e dublê em filmes de Hollywood e à noite ele presta serviços para a máfia. Ele é vizinho de Irene (Carey Mulligan), que é casada e tem um filho com Standard (Oscar Isaac). Percebendo a situação difícil de Standard, que saiu há pouco tempo da prisão, o motorista o convida para realizar um assalto. Só que o golpe dá errado, o que coloca em risco as vidas do motorista, Irene e seu filho. Dirigido pelo cultuado Nicolas Winding Refn, premiado no Festival de Cannes pelo trabalho, o longa é um raro exemplo de obra com muito estilo e muito conteúdo. Drive é uma espécie de Bullitt do século XXI. Não por causa da história ou da estética, mas pelo cartaz que é uma referência clara, e pela presença em cena de Ryan Gosling, que lembra muito Steve McQueen.

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VELOCIDADE MÁXIMA (1984)

Em Los Angeles, o psicopata Howard Payne (Dennis Hopper) colocou uma bomba em um ônibus, que explodirá caso a velocidade do veículo seja inferior a 80 km/h. Assim Jack Traven (Keanu Reeves), um policial, entra no veículo com ele em movimento e explica a situação aos passageiros, mas um deles, que tinha cometido algum tipo de crime, sente-se perseguido e acaba provocando um tiro acidental que fere o motorista. Isto força o policial a pedir que Annie Porter (Sandra Bullock), uma passageira, dirija sem deixar cair a velocidade ou todos morrerão, enquanto a polícia tenta encontrar um meio de desarmar a bomba. Na sequência do filme alguns acontecimentos improváveis, até um voo do ônibus.

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ENCURRALADO (1971)

O primeiro filme de Steven Spielberg foi este longa feito originalmente para a televisão, mas o filme é tão bom e surpreendeu tanto que recebeu posteriormente um lançamento nos cinemas. “Encurralado” acompanha um pai de família que é perseguido por um estranho em um caminhão na estrada. Spielberg nunca mostra o motorista do caminhão, o que torna o veículo um vilão ameaçador.

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BULLITT (1968)

Em São Francisco Frank Bullitt (Steve McQueen), um detetive da polícia, é escolhido por Walter Chalmers (Robert Vaughn), um promotor público, para proteger da “Organização” por um fim-de-semana Johnny Ross (Pat Renella), uma testemunha-chave que irá depor em audiência na segunda-feira perante uma Subcomissão do Senado. Carl Stanton (Carl Reindel), um detetive que auxiliava na proteção, é gravemente baleado na perna e Ross é morto por assassinos profissionais. Bullitt procura pelos assassinos enquanto tenta esconder a morte de Ross (que só realmente faleceu após uma cirurgia) para identificar os mandantes do crime. Paralelamente, Chalmers não tem nenhum interesse no policial ferido ou nos assassinos, mas nas audiências que poderão projetá-lo politicamente diante da opinião pública. Este é um filme que possui as sequências de perseguição mais memoráveis do cinema, em uma época sem auxílio de efeitos digitais. O filme nos prende do começo ao fim.

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MAD MAX – ESTRADA DA FÚRIA (2015)

Em um mundo pós-apocalíptico, Max Rockatansky acredita que a melhor forma de sobreviver é não depender de ninguém. Porém, após ser capturado pelo tirano Immortan Joe e seus rebeldes, Max se vê no meio de uma guerra mortal iniciada pela Imperatriz Furiosa, que tenta salvar um grupo de garotas, também tentando fugir, Max aceita ajudá-la. A história por trás de Mad Max: Estrada da Fúria é curiosa. Após o sucesso da trilogia original nos anos 80, por muito tempo se falou em uma continuação. Projetos e mais projetos foram pensados, mas tudo ficava no papel. Em 2003, parecia que finalmente as coisas caminhariam. George Miller e Mel Gibson estavam prontos para um Mad Max 4, mas a dificuldade em se filmar na Austrália acabou adiando a produção e o ator resolveu pular fora. Quase uma década depois, foram iniciadas as filmagens, mas agora com Tom Hardy e Charlize Theron à frente do elenco. Restava a dúvida: valia a pena fazer um Mad Max sem Mel Gibson? Tudo apontava para um grande NÃO, mas… os produtores não só fizeram justiça aos originais como criaram o melhor filme da franquia. Isso mesmo, não há discussão. É claro que o primeiro Mad Max é icônico e foi muito importante na época. Este longa mostra cenas incríveis de perseguição e alta velocidade em carros transformados, que na minha percepção são os grandes atores deste filme.

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VELOZES E FURIOSOS (2001)

Quando o primeiro Velozes e Furiosos foi lançado, em 2001, provavelmente ninguém imaginava que o filme se transformaria em uma franquia de sucesso. Com roteiro formulaico, diálogos mequetrefes e atores pouco conhecidos ou em ascensão, como era o caso de Vin Diesel e Paul Walker, a aposta do longa-metragem dirigido por Rob Cohen (A Sombra do Inimigo, 2012) era conquistar a legião de fãs dos carros rápidos. Mais do que isso, conseguiu agregar à sua bilheteria os apreciadores dos filmes de ação, os amantes do hip hop (com a trilha sonora quase que exclusivamente montada com sucessos do gênero) e os espectadores casuais. Com isso, carimbou seu passaporte para diversas continuações, cada vez mais bem sucedidas. A história começou assim: Domenic Toretto é o líder de uma gangue de corridas de ruas em Los Angeles que está sendo investigado pela polícia por roubo de equipamentos eletrônicos. Para investigá-lo é enviado Brian Spindler, que se infiltra na gangue na intenção de descobrir se Toretto é realmente o autor dos crimes e se há alguém mais por trás deles.

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Mais uma do

Marcus Vinicius

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21/Fevereiro/2023

Comments

  1. Gostaria de lembrar de outros grandes filmes que tem na temática corridas, velocidade ou perseguições: “Corrida contra o Destino” (Vanish Point), “60 segundos”, “American Graffiti”, “Califórnia Kid”. Não posso deixar de lembrar também do nacional “Roberto Carlos a 300km/h”, onde o Rei atua juntamente com Erasmo Carlos, Raul Cortez e Reginaldo Farias. Mas quem rouba a cena é um belo Dodge Charger R/T Laranja 1971.

  2. Merecia uma lembrança da perseguição fantástica entre uma BMW M5 e um Peugeot 406 em Ronin, filme de ação de 1998 com Robert DeNiro e Jean Reno! Vale a pena assistir!

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