La Cuadra – 1898

Em 1898 o capitão de artilharia espanhol, Emilio de la Cuadra, iniciou a produção de automóveis elétricos em Barcelona sob o nome de La Cuadra. Em Paris, De la Cuadra conheceu o engenheiro suíço Marc Birkigt e o contratou para trabalhar em sua empresa na Espanha. La Cuadra construiu seus primeiros motores movidos a gasolina a partir de um projeto Birkigt. Em 1902 a emprersa mudou de mãos sendo vendida para José María Castro Fernández, passando a chamar Fábrica Hispano-Suiza de Automóveis (Fábrica de Automóveis Hispano-Suiça), vindo a falir em dezembro de 1903.

Ainda outra reestruturação ocorreu em 1904, criando La Hispano-Suiza Fábrica de Automóveis , ainda sob a direção de Castro, também com sede em Barcelona.

Hispano-Suiza – 1906

Maravilhado pelo êxito do carro produzido na própria Espanha, o Rei Alfonso XIII se tornou um embaixador da marca, comprou um Hispano-Suiza 20HP que foi entregue em 1906. Alfonso XIII passou a gostar tanto de carros e automobilismo que criou a
Copa Catalunha, como uma forma de enfrentar a França e mostrar poder. O evento, cuja primeira edição foi em 1909, também serviria para fomentar o automobilismo na Espanha e incentivar a criação de mais fabricantes locais.

Para a primeira corrida, a Hispano-Suiza desenhou um carro especial, com 35cv extraídos de um quatro cilindros posicionado bem atrás do eixo dianteiro. Justo na primeira disputa, os três Hispano-Suiza participantes abandonaram a prova com problemas mecânicos, mesmo após um dos pilotos ter dominado a corrida com possibilidade de ganhá-la. A Copa Catalunha acabou nas mãos da Peugeot como campeã.

Com o início da Primeira Guerra Mundial, a Hispano-Suiza voltou-se para o design e produção de motores de aeronaves, abandonando a produção de automóveis.

Hispano-Suiza H6 – 1919

Após a Primeira Guerra Mundial a Hispano-Suiza retornou à fabricação de automóveis e em 1919 apresentou o Hispano-Suiza H6. O H6 apresentava um motor de 6 cilindros em linha baseado nas características dos seus motores de avião de alumínio da Primeira Guerra Mundial.

Rolls-Royce Phantom I – 1925

As licenças para as patentes da Hispano-Suiza eram muito solicitadas pelos fabricantes de automóveis de prestígio em todo o mundo. A Rolls-Royce utilizou várias patentes da Hispano-Suiza, por exemplo, durante muitos anos a montadora instalou freios elétricos projetados pela Hispano-Suiza em seus veículos.

Hispano-Suiza H6 – 1930

Durante a década de 1920 e início da década de 1930 a Hispano-Suiza construiu uma série de carros de luxo com motores de eixo de comando de desempenho crescente. Em seguida, ainda na década de 1930, os motores V-12 da Hispano-Suiza reverteram para a atuação da válvula pushrod resultando na redução do ruído do motor.

SEAT – 1940

Em 1940, a Hispano-Suiza, em conjunto com o espanhol Banco Urquijo e um grupo de empresas industriais espanholas, fundou a Sociedade de Automóveis de Turismo (SIAT). Isso levou à primeira fabricante de carros de produção em massa da Espanha, a SEAT.

Avião Rolls Royce Nene – 1950

Após a Segunda Guerra Mundial, o braço francês da Hispano-Suiza continuou como uma empresa aeroespacial. Entre 1945 e 1955 produziu o Rolls-Royce Nene sob licença. A atenção da empresa se voltava cada vez mais para a fabricação de turbinas. Em 1999, a Hispano-Suiza mudou suas operações de turbinas para uma nova fábrica em Bezons , fora de Paris , usando as fábricas originais para transmissões de energia e sistemas de acessórios para motores a jato.

Vamos conhecer alguns modelos da Hispano-Souza

Surpreendentemente a Hispano-Suiza ressurge no Salão do Automóvel de Genebra de 2019. Apresentou seu protótipo “Carmen” chamado de hipercarro de luxo 100% elétrico. O Carmen é um grã-turismo elétrico com 1.091cv de potência e carroceria de fibra de carbono, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em menos de 3 segundos.

Apesar de ser um carro longe da nossa realidade, vamos acompanhar para ver se realmente ele vai aparecer nas ruas.

03/03/2022 – Atualizando a matéria: O Carmen foi visto em testes na pista de Montmeló, na Catalunha, vou pesquisar sobre o assunto, o que será tema para uma nova matéria aqui no “Gasolina na Veia”, aguardem…

Exclusivo! Aceleramos o Hispano Suiza Carmen Boulogne, o elétrico de 1.100  cv

.

.

  • Matéria de Marcus Vinicius
  • Fotos meramente ilustrativas
  • Fonte de consulta: Sites relacionados e Wikipédia

.

17/abril/2019

Comments

  1. Muito boas as reportagens ou narrativas, mas é sem dúvida uma forma de manter a essência do automóvel, como foi o seu começo e como tinham pessoas que se dedicaram com afinco para conseguir seus objetivos.
    Só nos resta ficar admirados.
    Parabéns pela pesquisa,Marcos Vinícius.

Deixe um comentário para José Maria Silva De León Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *